De abril a junho, o volume somou 24,972 milhões de hectolitros, ante 25,372 milhões no mesmo período de 2010.
O volume comercializado pelas operações brasileiras da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) registrou retração no segundo trimestre, pois foi prejudicado pela elevação da carga tributária no setor - anunciada em abril - e pela a base de comparação mais forte, o mesmo período de 2010. No ano passado, a Copa do Mundo de futebol manteve aquecido o consumo de bebidas num trimestre tradicionalmente fraco. Entretanto, em termos de receita, houve avanço.
De abril a junho, o volume vendido no país passou de 25,372 milhões de hectolitros em 2010 para 24,972 milhões de hectolitros neste ano, recuo de 1,6%. Já a receita líquida avançou 4,3%, para R$ 3,891 bilhões, principalmente devido aos aumentos de preços de produtos efetuados pela companhia. No segundo trimestre do ano passado, a cifra foi de R$ 3,730 bilhões. O Custo do Produto Vendido (CPV) do período foi de R$ 1,927 bilhão, alta de 7,9%, decorrente dos maiores custos com matérias-primas e embalagens e da menor diluição dos custos fixos.
Somente de cerveja, a queda em volume foi de 2,6% (18,436 milhões de hectolitros) e o aumento de receita líquida atingiu 5,3%, para R$ 3,261 bilhões. A receita líquida por hectolitro (ROL) avançou 8,1%, para R$ 176,90. O Ebitda subiu 10,9%, para R$ 1,563 bilhão, com margem de 47,9%, 2,4 pontos percentuais superior.
Com o aumento de preços, que acarretou em uma relevante diferença ante seus concorrentes, a Ambev registrou participação média de mercado no segmento de 69%, queda de 1,6 ponto percentual se comparado ao mesmo período de 2010 e alta sequencial de 1,1 ponto percentual desde fevereiro. Foi a terceira melhor participação de mercado da história da companhia em um segundo trimestre.
"Inovação permanece sendo uma prioridade fundamental para impulsionar nosso market share e a preferência pelas nossas marcas e, como parte do nosso portfólio de 2011, lançaremos a cerveja Budweiser no Brasil até o final deste mês", ressalta o presidente da companhia, João Castro Neves.
Já em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, houve aumento de volume de 1,3% no segundo trimestre, para 6,536 milhões de hectolitros e queda de 0,6% em receita líquida, para R$ 629,6 milhões. A receita líquida por hectolitro (ROL) diminuiu 1,9%, para R$ 96,30, pois os ajustes de preços não foram suficientes para compensar o aumento dos impostos federais. O Ebitda subiu 4,9%, para R$ 287,5 milhões, com margem de 45,7%, 2,4 pontos percentuais superior. A empresa afirma que houve ganhos marginais de participação de mercado no período, mas não informa o percentual médio. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG