AmBev aposta no segmento premium e no nordeste para crescer em 2012

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A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) espera um desempenho melhor em 2012. Para isso, o segmento premium de cervejas e o aumento da participação de marcas mais populares na Região Nordeste do Brasil serão fundamentais para que a companhia alcance essa meta. Além disso, o grupo aposta em produtos de maior valor agregado. - "Até o final de agosto deste ano, vamos oferecer ao consumidor a marca Budweiser, com um preço 15% maior do que marcas de cervejas tradicionais", disse Nelson Jamel, vice-presidente Financeiro e de Relacionamento com Investidores da AmBev, sem dar detalhes sobre a expansão esperada para 2012.

 

O executivo revelou ainda que a companhia deverá investir R$ 1,1 bilhão na ampliação da capacidade de suas plantas em 2011. "De janeiro a junho já investimos R$ 1,4 bilhão em diversas plantas, como Sete Lagoas, em Minas Gerais", afirmou Jamel.

 

Segundo o executivo, um dos motivos que permite a companhia seguir investindo é a estratégia que possibilitou um corte de R$ 29,6 milhões nos custos no segundo trimestre.

 

No primeiro semestre, a AmBev registrou lucro líquido de R$ 3,921 bilhões, alta de 24%, na comparação com o resultado de igual período de 2010, de R$ 3,160 bilhão. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, subiu 24,3%, para R$ 3,951 bilhões ante os R$ 3,178 bilhões registrados no primeiro semestre de 2010, neste mesmo critério. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve alta de 9,5%, para R$ 5,676 bilhões, com margem de 45,9%, 2 pontos percentuais acima da de 43,9% no primeiro semestre de 2010.

 

Vendas

 

O volume comercializado de bebidas das operações brasileiras da AmBev registrou retração no segundo trimestre, pois foi prejudicado pela elevação da carga tributária no setor - anunciada em abril - e pela a base de comparação mais forte com 2010. No ano passado, a Copa do Mundo manteve aquecido o consumo de bebidas em um trimestre tradicionalmente fraco. Porém, em receita, houve avanço.

 

De abril a junho, o volume vendido no País, passou de 25,372 milhões de hectolitros em 2010 para 24,972 milhões de hectolitros neste ano, recuo de 1,6%. Já a receita líquida avançou 4,3%, para R$ 3,891 bilhões, principalmente devido aos aumentos de preços de produtos efetuados pela companhia. No segundo trimestre do ano passado, a cifra foi de R$ 3,730 bilhões.

 

Veículo: DCI


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