A Anheurser-Bush InBev NV surgiu como principal candidata a comprar a Cervecería Nacional Dominicana SA, conhecida como CND, num negócio que poderia dar à cervejaria belgo-brasileira controle sobre a fabricante da cerveja Presidente, segundo pessoas a par do assunto.
O acordo que está sendo discutido é complexo, e na prática criaria uma sociedade da Anheuser com o Grupo León Jimenes, que detém 84% da CND. Detalhes do possível acordo não estavam claros, inclusive que papel a divisão brasileira da Anheurser, a AmBev, teria. Mas uma das pessoas disse que a Anheuser pode acabar adquirindo o controle da cervejaria dominicana. O negócio pode ser fechado ainda esta semana, disse a pessoa.
Outra pessoa disse que a transação daria à CND um valor em torno de US$ 2,5 bilhões.
Um porta-voz da AB InBev não quis comentar. Um porta-voz da CND não pode ser contatado imediatamente.
Se a Anheuser, a maior cervejaria do mundo, fechar um acordo pelo controle, ela ficaria com uma marca de cerveja que é exportada para os Estados Unidos, Europa e vários países caribenhos.
O negócio também aconteceria logo depois da venda, anunciada semana passada, da cervejaria europeia StarBev para a americana Molson Coors Brewing Co., por US$ 3,5 bilhões. Juntos, esses negócios revelam o que tem sido um ponto positivo num mercado de fusões e aquisições fraco de maneira geral: empresas cervejeiras de mercados emergentes que as gigantes mundiais do setor estão interessadas em comprar para melhorar suas perspectivas de crescimento e ganhar mais produtos para promover por seus vastos canais de distribuição.
A CND também distribui as marcas Miller e Corona na República Dominicana.
Veículo: Valor Econômico