ABInBev completa venda de ações e fecha o dia em alta

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As famílias belgas investidoras da Anheuser-Busch InBev (ABInBev) completaram a venda de US$ 1,55 bilhão em ações, cotando-as no valor mais baixo em cinco anos para que fossem vendidas rapidamente à medida que a emissão de ações com direito preferencial de subscrição da cervejaria prossegue.

 

A oferta foi de € 10 por ação, de acordo com e-mails a clientes de bancos de investimentos. O BNP Paribas, o Deutsche Bank e o JPMorgan Chase ofereceram ações para instituições depois de uma venda acelerada que começou anteontem, disse ontem a fabricante da Stella Artois e da Budweiser, sediada em Leuven, na Bélgica.

 

As ações subiram 16% ontem, a maior alta da história, depois de fechar anteontem na maior baixa desde 2003. A ABInBev subiu € 1,68, para €12, na bolsa de Bruxelas, o ganho foi o maior desde que a predecessora da companhia, a Interbrew, abriu o capital em 2000. Antes de ontem, as ações caíram para €16,50, ou € 10,32 se o preço for ajustado sem o direito de subscrição. Ontem foi a primeira negociação das ações sem o direito de subscrição.

 

A companhia foi formada na semana passada em uma fusão de US$ 52 bilhões entre as maiores cervejarias européias e americanas.

 

As famílias controlam a cervejaria com um grupo de executivos brasileiros e vão usar o dinheiro apurado na transação para participar de uma emissão de ações com direito preferencial de subscrição no valor de € 6,36 bilhões para restituir a dívida.

 

A venda dos belgas "remove a maior parte do excesso" que pesava sobre as ações, disseram em uma nota via ontem, analistas da Dresdner Kleinwort, incluindo Andrew Holland. Ainda assim, "o acordo é consideravelmente mais moderado do que havíamos previsto", eles disseram a respeito da emissão de ações com direito preferencial de subscrição, que foi anunciada anteontem.

 

As ações na companhia, conhecida como InBev até a semana retrasada, subiram todos os anos entre 2004 e 2007 à medida que os executivos brasileiros, liderados pelo principal executivo Carlos brito, focavam na redução de custos.

 

Aqueles ganhos foram anulados este ano uma vez que Brito fez ofertas pela ex-Anheuser-Busch com vistas a alcançar metade do mercado de cerveja dos Estados Unidos. As ações caíram 66% em 2008, em comparação com a queda de 29% da rival SABMiller.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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