Petrópolis e Schincariol disputam NE

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Os grupos Petrópolis e Schincariol, respectivamente, segundo e terceiro colocados no ranking nacional de vendas de cerveja, elegeram o Nordeste como principal palco da disputa por participação de mercado. A Schincariol lança este mês uma marca para a região (e também para o Norte), a No Grau. É no Nordeste que a companhia tem a sua maior fatia das vendas: cerca de 30%, ante 10,6% da participação nacional em volume.

Já a Petrópolis anunciou ontem o seu desembarque na região, com investimentos iniciais de R$ 500 milhões na sua quinta fábrica do país, em Alagoinhas, a 108 quilômetros de Salvador (BA). Ao longo dos próximos cinco anos, até o início das operações, o aporte na unidade pode chegar a R$ 1,1 bilhão, levando em conta a infraestrutura, a contratação e treinamento de pessoal. Serão gerados 500 empregos na primeira fase e, quando a fábrica e o centro de distribuição estiverem funcionando, a estimativa é de 3 mil funcionários.

Com cerca de 142 mil habitantes, Alagoinhas já conta com uma fábrica da Schincariol. Em 2010, a companhia, hoje controlada pela japonesa Kirin, anunciou investimentos de R$ 400 milhões na ampliação da capacidade de produção, até o fim de 2011. A fábrica da Schincariol havia sido inaugurada em 1997.

A nova unidade fabril da Petrópolis em Alagoinhas terá capacidade de 6 milhões de hectolitros de cerveja por ano. O montante representa um incremento de 20% na atual capacidade instalada do grupo. A chegada da Petrópolis no Nordeste é fundamental para assegurar a segunda posição da empresa no ranking nacional. Com apenas quatro fábricas no país, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a dona das marcas Itaipava e Crystal guarda distância mínima da concorrente Schincariol, que tem 10,6% de participação em volume, contra 10,7% da Petrópolis.

O diferencial competitivo da Schincariol, que opera 13 fábricas em cinco regiões do país, está justamente no Nordeste, onde o consumo de cerveja se mantém estável ao longo do ano, devido às altas temperaturas. A região tem sido disputada até agora pela dona da Nova Schin e pela líder nacional Ambev, que tem no portfólio Skol, Brahma e Antarctica.

Uma fábrica na região deve dar novo impulso às vendas da Petrópolis e ao seu "market share", em um mercado em que cada ponto percentual a mais ou a menos durante um ano vale cerca de R$ 200 milhões, segundo o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).


Veículo: Valor Econômico


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