Ambev prevê seis novas linhas produtivas, mas pode rever aporte

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A Ambev pretende inaugurar seis linhas produtivas no segundo semestre deste ano. O plano de ampliação de capacidade da companhia para 2012 prevê um total de oito novas linhas, duas já inauguradas na primeira metade do ano, no Ceará e em Pernambuco. "As linhas em planejamento serão bem diluídas no Brasil, contemplando sul, sudeste, norte e nordeste", disse o vice-presidente financeiro e de Relação com Investidores, Nelson Jamel, nesta terça-feira.

 

Segundo o executivo, a companhia planejava investir inicialmente até R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2012, em linha com o aporte de R$ 2,6 bilhões realizado no ano passado. Mas o valor agora pode ser revisto, devido à previsão de aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bebidas frias, que deve passar a vigorar a partir de outubro, levando a reajuste de preços de 4% a 4,5% em cervejas e 8% a 9% em refrigerantes, o que pode impactar volumes.

 

De acordo com Jamel, a Ambev investiu R$ 750 milhões no País nos primeiros seis meses do ano, quase a metade do R$ 1,4 bilhão investido em igual período de 2011. "Nossa decisão de investimento até agora não foi direcionada pela questão do impacto da carga tributária", afirmou ele, que explica a diferença pela maior concentração dos investimentos de 2012 no segundo semestre.

 

A Ambev obteve lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre, aumento de 6,9% em relação a igual período de 2011. O resultado operacional antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações, conhecido pela sigla em inglês Ebitda, cresceu de R$ 2,58 bilhões em 2011 para R$ 2,95 bilhões em 2012, uma alta de 14,2%. No entanto, em relação ao faturamento, essa margem recuou um pouco, de 44,4% em 2011 para 43,6% em 2012. A receita líquida cresceu 10,4% em termos orgânicos, totalizando R$ 6,8 bilhões. O aumento do volume de vendas foi de 2,4%, totalizando 37,3 milhões de hectolitros.

 

No Brasil, a companhia de bebidas alcançou Ebitda normalizado de R$ 2,07 bilhões, crescimento de 12,2% sobre o primeiro trimestre do ano anterior. O volume de vendas cresceu 3,9%, alcançando 25,9 milhões de hectolitros. Em cerveja, o volume de vendas foi de 18,9 milhões de hectolitros, aumento de 2,8%. A média brasileira de participação de mercado em cerveja no trimestre foi de 68,8%.

 


Veículo: DCI


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