Depois de crescer 7% e ultrapassar a marca de 10 bilhões de litros em 2007, as cervejarias encontraram mais dificuldades para ampliar a produção em 2008. "Pelo que foi o ano, uma estabilização do volume produzido em relação ao ano passado será considerada um bom resultado", afirma Enio Rodrigues, superintendente do Sindicato Nacional das Indústrias de Cerveja (Sindicerv).
Segundo Rodrigues, a lei seca e o clima chuvoso, assim como a alta do dólar - que impacta nos preços do malte, do lúpulo, do açúcar e até mesmo no alumínio utilizado nas latinhas -, afetaram o desempenho do setor.
Em 2009, o principal desafio das indústrias será a estabilidade de preços. Com as mudanças tributárias aprovadas este mês, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) terá alta de até 15% para a maior fabricante e deve afetar ainda mais os custos do produto. "As empresas terão que se esforçar para transferir o mínimo possível dos custos para alavancar o volume de produção", diz Rodrigues.
Veículo: Gazeta Mercantil