Internacionalização ainda não está nos planos da marca, que tem como meta expandir a distribuição no país Marcos Leta, fundador dos sucos Do Bem, estava com uma viagem marcada para visitar a namorada, em Paris, quando o telefone da empresa tocou há pouco mais de um mês. Era um profissional do setor de compras de uma das mais tradicionais lojas de departamento do mundo, a francesa Le Bon Marché, que havia se encantado com as embalagens das bebidas e convidou a empresa a fazer parte do Epicerie, seção de alimentos e de bebidas que reúne mais de 5 mil itens, por um período de três meses, a começar em abril.
A bagagem do empresário para esta viagem teve que ser bem reduzida, afinal, ele teve que levar várias amostras dos sucos e da água de coco. Lá, a loja de departamento acabou usando as pilhas de caixas coloridas como um elemento de decoração em diversos lugares da mega loja da Rive Gauche. A estratégia deu certo e as caixinhas sumiram rapidamente, especialmente a de suco de tangerina.
“A embalagem gerou curiosidade pelo produto. O fato de não usarmos corantes nem conservantes e termos feito um rótulo pequeno em francês na parte posterior fizeram com que a aceitação do produto fosse imediata pelo público parisiense”, afirma Leta.
Investir na internacionalização ainda não é uma meta, embora a empresa esteja estudando como repor o estoque da loja parisiense. “Nos próximos três anos estaremos focados em crescer no Brasil, onde estamos presentes em apenas oito estados do Sudeste, Sul e Centro- Oeste”, explica o empresário, que deixou o mercado financeiro para se dedicar à empresa de bebidas. “Mas foi muito interessante testar nosso conceito e produto no exterior”.
No entanto, um contrato permanente de fornecimento com a loja francesa não está descartado.
Para atingir suas metas de expandir a atuação no país, hoje com 3 mil pontos de venda, Leta acaba de reforçar a equipe comercial, e acaba de firmar contrato para vender suas caixinhas coloridas nas lojas dos supermercados Walmart e no Carrefour.
O mix também deve ganhar adições de quatro novos sabores de suco ainda neste ano - um já no mês que vem. O empresário não revela sua capacidade de produção, mas diz que está pronto para atender a todo território nacional. Sobre os rumores de que estaria sendo sondado a vender a marca, ele confirma, sem citar nomes.
“Sempre tem alguém me chamando para tomar um café, mas por enquanto não estou interessado em vender. Temos muito a trabalho a ser feito antes de pensarmos nisso”, afirma.
Veículo: Brasil Econômico