Águas devem sustentar expansão da Soproval

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O intenso movimento no mercado de águas minerais e sucos, que cresceu quase 10% no último ano, mantém os ânimos da Soproval para 2009. Especilizada em embalagens plásticas do tipo PET para líquidos, a empresa possui as estimativas de crescimento entre 6% e 8% para este ano.

 

Com uma fábrica localizada em Valinhos, no interior de São Paulo, e o conhecimento de mais de 20 anos nesse mercado, a companhia conseguiu elevar a produção em 15% no último ano, atingindo uma capacidade de 150 mil garrafas por dia. A expansão foi fruto de um investimento feito em 2008 equivalente a 18% do faturamento.

 

Mesmo sem revelar os valores, o diretor comercial da Soproval, Sergio Monteiro, disse que a direção da empresa deve se reunir em fevereiro para avaliar novos investimentos já para 2009. "O mercado continua aquecido, apesar da crise, e ainda estamos acompanhando novas aquisições no setor de águas, movimento que deve continuar", afirmou o executivo. Ele citou a compra da empresa Santa Bárbara pela Nestlé e a entrada da Danone no segmento de águas. Com a operação, a Nestlé fortaleceu a presença em São Paulo, o principal mercado do País no segmento, representando aproximadamente 57% do mercado total de águas engarrafadas.

 

A Nestlé Waters, divisão de águas da multinacional, é líder mundial em águas engarrafadas, com 19,2% de participação, e está presente em 130 países. No Brasil, são comercializadas as marcas Nestlé Aquarel, Petrópolis, São Lourenço, Perrier, S.Pellegrino e Acqua Panna, sendo as três últimas importadas

 

De acordo com dados do instituto de pesquisas Nielsen, houve um crescimento de 26,67% no mercado de águas minerais entre 2003 e 2007. A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não-Alcoólicas (Abir) informou que o segmento pulou de 1,5 bilhão de litros registrados em 1995 para 6,6 bilhões em 2007. "Nós acreditamos que a demanda deve continuar firme, especialmente nesse segmento de águas e sucos, baseada exatamente em cima desses números", acrescentou Monteiro.

 

Em relação ao anúncio feito pela Braskem, de que deixaria de fornecer resinas para produção de PET, o executivo afirmou que há algum tempo o setor já vinha sendo abastecido apenas pela M&G e por importações da China. Mesmo com o aumento do dólar, Monteiro disse que não haverá problemas, uma vez que houve uma redução dos preços em dólar da ordem de 15%, o que compensa parte da alta do câmbio, de mais de 40%. "Só estamos esperando agora que haja também um recuo nos preços depois da queda do petróleo, o que ainda não foi repassado", acrescentou.

 


Veículo: Gazeta Mercantil


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