Atento ao crescimento do consumo de cerveja no Nordeste, que cresce quatro vezes acima da média nacional, o Grupo Petrópolis faz sua investida na região. Depois de anunciar a construção de duas fábricas (uma na Bahia e outra em Pernambuco, com investimento de R$ 1,1 bilhão), a companhia decidiu apostar na tabelinha cerveja e futebol. A empresa comprou os naming rights (direitos de nome) das Arenas Pernambuco e Fonte Nova (em Salvador). Assim, os estádios que vão sediar a Copa das Confederações e o Mundial de Futebol de 2014 passam a se chamar Itaipava Arena Pernambuco e Itaipava Fonte Nova.
O grupo fechou contrato de 10 anos com as Arenas, prorrogáveis por mais 20, e vai desembolsar R$ 10 milhões por ano para cada uma. O contrato concede à Itaipava e ao TNT Energy Drink o direito de comercialização de energéticos e cerveja sem álcool com exclusividade em todos os bares e restaurantes do equipamento, além de possibilitar várias ações de marketing junto aos torcedores.
Ao longo do ano estão previstos, no mínimo, 10 eventos. Desses, a renda de oito será compartilhada entre a operadora e os donos da Itaipava (50% para cada) e os outros dois serão exclusivos da cervejaria. A marca Itaipava terá 100% de exposição na área externa do estádio e 60% da parte interna. Em virtude do prazo de entrega da Arena para a Fifa, eles preferiram colocar a divulgação externa provisória para depois fazer a oficial.
"Na condição de empresa 100% brasileira, queremos contribuir para profissionalizar a gestão do esporte mais popular do País. O modelo das novas arenas incentiva uma gestão moderna e eficiente, assim como favorece um tratamento diferenciado aos torcedores", diz diretor de Mercado do Grupo Petrópolis, Douglas Costa.
O modelo de patrocínio por naming rights é utilizado em todo o mundo. O conceito é bastante difundido em países europeus e nos EUA. No Brasil, a prática é recente. Antes da Itaipava, o único caso foi registrado em 2005, quando o Atlético Paranaense cedeu o direito de uso do nome do seu estádio Arena da Baixada, que ficou conhecido como "Kyocera Arena". Recentemente a seguradora Allianz também já anunciou a compra do direito da futura arena do Palmeiras, em São Paulo.
Hoje, a companhia conta com apenas 0,5% de participação no mercado nordestino, mas é esperado forte crescimento para a região. A ideia é conquistar 15% do mercado nos próximos dois anos e alcançar fatia de 35% em 10 anos. "É um plano agressivo. Nossa participação no Nordeste era pequena, mas com a implantação das duas fábricas a região será atendida", observa Costa. A unidade pernambucana vai receber investimento de R$ 600 milhões.
Veículo: DCI