Faltando pouco mais de 15 dias para o mês de julho, mês das férias e das altas temperaturas em todo o Pará, o calor já castiga o estado. Pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na manhã desta quinta-feira (13), com comerciantes ouvidos durante esta semana, foi observado o aumento do consumo de bebidas (água mineral, refrigerantes, água de coco e suco de frutas).
Para evitar a insolação e a desidratação, a recomendação médica indica ingerir bastante liquido. Seguir esta recomendação ao pé da letra tem sido um grande desafio para todos os paraenses, pois o custo dos principais produtos como água mineral, refrigerantes, água de coco e sucos naturais continuam muito elevados. Em relação ao mesmo período do ano passado, os reajustes nas bebidas não foram uniformes, mas na grande maioria superaram a inflação dos últimos 12 meses (estimada em 7%), alguns reajustes chegaram a 12%. As frutas também estão mais caras.
Segundo pesquisas do Dieese, os refrigerantes em lata de 350 ml estão sendo comercializados nos supermercados da capital, com preços que variam entre R$1,22 a R$1,49. Nos bares, restaurantes e na venda por ambulantes, a lata de refrigerante dobra de preço e pode ser encontrada com preços variando entre R$3,00 a R$3,50.
Ainda de acordo com o Dieese, a água de coco, é encontrada nas praças e esquinas de Belém, com preços que variam entre R$ 2,50 a R$ 3,00, deixando um lucro liquido para os comerciantes de aproximadamente 100,00% em cada unidade comercializada.
Outra grande pedida para enfrentar o calor e seguir as recomendações medicas, é o consumo dos sucos de frutas, porém com o aumento no preço das frutas, os sucos também ficaram mais caros, custando entre R$ 1,50 a R$ 4,00 dependendo do local de venda.
Nos últimos 12 meses, uma quantidade expressiva de frutas comercializadas nas feiras e supermercados ficaram mais caras. Os reajustes mais expressivos foram verificadas nos seguintes tipos de frutas: cupuaçu (kg) com alta de 52,52%; goiaba vermelha (Kg) com alta de 34,41%; abacaxi (uni.) com alta de 34,12%; abacate (kg) com alta de 26,41 %; limão (kg) com 18,65%; maracujá (kg) com 17,04%; banana branca (kg) com 16,67%; manga rosa (kg) com 13,94%; tangerina (kg) com 9,22% e melância (kg) com 8,02%. Ainda nos últimos 12 meses, poucas frutas apresentaram quedas de preços, as mais expressivas foram: laranja-pera (kg) com queda de 8,93%; acerola (kg) com queda de 4,44%; mamão (kg) com queda de 3,38% e a sapotilha (kg) com queda de 2,81%.
Por outro lado, a venda de água em bares, restaurantes e ambulantes viraram grandes fontes de lucros em Belém.
Nos supermercados, o copinho de 200 ml de água mineral está custando entre R$ 0,29 e R$ 0,39. Já a garrafa de 300 ml varia de R$ 0,49 a R$ 0,58 a unidade. Nos bares e restaurantes a água dobra de preço. Os copinhos de 200 ml podem ser encontrados com preços em torno de R$ 1,00 e a garrafinha de 300 ml com preços variando entre R$ 1,50 a R$ 2,00. Nos ambulantes os preços desta garrafa de 300 ml também estão sendo comercializadas com os preços variando entre R$ 1,50 a R$ 2,00.
Como os cenários para o estado não são de queda de temperatura pelo menos até o fim de julho, a tendência são de novos aumentos no consumo de bebidas.
Veículo: Diário do Pará