Vinhos gaúchos podem ganhar mercado no Japão

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Importadora japonesa deve fechar encomendas com quatro vinícolas

Quatro vinícolas gaúchas podem fechar encomendas de exportação para o mercado japonês. Representantes da importadora japonesa Ikemitsu, que integra o grupo Kamei e que tem entre os focos encomendas de bebidas para abastecer distribuidores no Japão, visitaram as sedes das operações da Miolo, Valduga, Salton e Aurora, em Bento Gonçalves. Os eventos esportivos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 estariam despertando interesse dos consumidores japoneses pelos produtos feitos no Brasil. Em 2012, o Brasil exportou 6,2 milhões de litros de vinho e espumantes, que gerou receita de US$ 6,8 bilhões, 51% acima do saldo de 2011.

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e ApexBrasil, que têm parceria no projeto Wines  of Brasil, pretendem dobrar o volume até 2016. O projeto registrou a venda de 30 mil litros ao Japão no ano passado, nono lugar na lista de vendas, somando US$ 123,9 mil. O maior comprador do produto local é a Rússia. Segundo a gerente de exportação da empresa Suriana, com sede em São Paulo e que atua na abertura de mercado ao vinho brasileiro, Francine Harumi Kaga, executivos da área comercial indicaram preferência pelos varietais chardonnay, merlot e cabernet savignon. Os cultivares estão na lista de registro da denominação de origem do Vale dos Vinhedos, a primeira região brasileira a atingir este status, e onde estão Miolo e Valduga.

Amostras das bebidas das quatro vinícolas, que lideram a produção de vinhos finos nacional, serão enviadas ao Japão para degustação das áreas especializadas da importadora. A expectativa é de que ainda este ano haja pedido de envio de garrafas para o Japão. Francine ressalta que até hoje a bebida era mais conhecida entre brasileiros descendentes de japoneses que residem no país asiático. Do Brasil, a Ikemitsu importou até agora cerveja pilsen. O prestígio e aposta no produto local podem ser medidos pela vinda de executivos que dirigem a área comercial da importadora e que conhecem a preferência dos consumidores japoneses.

“Eles ficaram impressionados com o cuidado na fabricação e porte das vinícolas”, descreveu Francine, que acompanhou o grupo no roteiro na semana passada na Serra Gaúcha. “O japonês é um consumidor maduro e está disposto a conhecer a bebida brasileira”, ressaltou a coordenadora da empresa.

A Suriana já trabalhou na ampliação da inserção das linhas Miolo em restaurantes. O efeito é a expectativa de exportar 6,6 mil garrafas a cada dois meses para o país em 2013. “A meta é posicionar o vinho brasileiro de forma diferenciada. A bebida está sendo descoberta”, adianta a executiva, indicando característica de vinho frutado, leve e com menos álcool como atrativos do produto brasileiro. A meta é atingir o envio de 20 contêineres anuais ao Japão. A faixa de preço buscada é US$ 13,00 por garrafa.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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