Cerca de 30% dos rótulos inscritos na edição brasileira da competição de Bruxelas, em Florianópolis, são catarinenses
Até o dia 6, uma competição em Florianópolis vai premiar os melhores vinhos nacionais. Trata-se do 10o Concurso Mundial de Bruxelas Brasil, que ocorre pela segunda vez na Capital e que leva a chancela do mais famoso do mundo para a área, o Concours Mondial Bruxelles. Santa Catarina está bem representada, com cerca de 30% dos rótulos inscritos.
Na versão brasileira da competição, considerada a Copa do Mundo da degustação de vinhos, serão selecionados os melhores vinhos do país, julgados por especialistas de diversos países.
Organizador do evento no Brasil, o jornalista especializado em vinhos Eduardo Viotti destaca que a ideia do concurso é oferecer ao produtor uma ferramenta de marketing boa, barata e com credibilidade para buscar a internacionalização das marcas nacionais.
Segundo ele, esta é uma forma de valorizar a evolução recente do setor no país e no Estado, principalmente na Serra Catarinense, onde a tradição de mais de 100 anos de produção de vinhos foi aliada a um investimento em vinícolas modernas visando elevar o padrão de qualidade.
– É importante nesses concursos estar onde há dinamismo. E no Brasil, claramente, a indústria vinícola está avançando de forma muito rápida. Havia uma tradição vinícola, mas nos dez últimos anos o setor se desenvolveu muito – disse o belga Baudouin Havaux, presidente do Concurso Mundial de Bruxelas.
Havaux destacou ainda que o interesse internacional pelo vinhos brasileiros cresceu nos últimos anos e hoje os produtos nacionais ocupam espaço de destaque no cenário mundial.
Cachaça predomina entre os destilados
No concurso, estão inscritas 269 amostras de vinhos e destilados de todas as regiões do Brasil. Desse total, 200 são de vinhos e espumantes e 69 de destilados. Entre a última variedade há um predomínio absoluto do destilado mais brasileiro: a cachaça. As degustações são todas às cegas.
– No ano passado, tinham me chamado a atenção os espumantes e a cachaça. Neste ano, fui surpreendida pela qualidade dos vinhos tintos, em especial o cabernet franc e o merlot, duas variedades muito difíceis de dominar a produção – destaca a enóloga chilena e jurada do concurso, Silvia Cava.
Serão premiados no máximo 30% dos rótulos inscritos. As melhores bebidas serão divididas em três categorias e receberão as medalhas de ouro dupla (cerca de 5% do total), de ouro (10%) e de prata (15%).
Veículo: Diário Catarinense