A Anheuser-Busch InBev NV, a cervejaria que produz as marcas Budweiser e Stella Artois, informou nesta quinta-feira que vai abrir escritório em Nova York e deslocar alguns diretores para lá, a partir de sua atual base na Bélgica, para implementar os cortes de custos após a fusão, no valor de US$ 52 bilhões, que deu origem à empresa.
O principal executivo, Carlos Brito, e o diretor financeiro, Felipe Dutra, vão dividir seu tempo entre Nova York e o escritório da empresa na cidade belga de Leuven, disse a porta-voz da Anheuser-Busch InBev, Gwendoline Ornigg.
Até 89 postos de trabalho serão fechados na "sede mundial e centro de tomada de decisões estratégicas de Leuven". Ela disse que o escritório, apesar disso, contará com mais de 70 funcionários.
A empresa disse continuar totalmente comprometida com seus outros escritórios e unidades de produção de cerveja na Bélgica, onde continuará a empregar cerca de 2,9 mil pessoas.
O escritório de direção funcional de Nova York abrigará cerca de 110 funcionários, disse Ornigg. A antiga InBev NV remonta a 1366, e comprou a Anheuser-Busch Cos., em 2008, conquistando assim metade do mercado dos EUA.
"É lógico que eles vão tentar ter bom controle sobre a divisão de lá", disse Wim Hoste, analista da KBC Securities de Bruxelas. Segundo ele, os Estados Unidos são muito mais importantes para eles agora. "Não considero, no entanto, que essa medida seja o prenúncio de uma mudança de grande porte do escalão de direção da empresa", afirmou.
O quadro de 110 funcionários do escritório de Nova York será composto tanto de pessoas transferidas a partir da Bélgica quanto de contratados locais.
"Consideramos que é boa base para respaldarmos melhor nossas atividades nos EUA resultantes da aquisição", disse Ornigg.
As famílias belgas fundadoras da empresa controlam a maior participação na cervejaria, juntamente com grupo brasileiro do qual Brito faz parte. Os brasileiros venderam sua cervejaria, AmBev, para a antiga Interbrew NV, em 2004.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ