Schincariol se fortalece em água mineral

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Em mais um esforço para consolidar o grupo como fabricante de bebidas e diminuir o peso da cerveja no faturamento, o grupo Schincariol reformulou sua linha de água mineral. A meta, segundo Marcel Sacco, diretor de marketing da empresa, é que as bebidas não-alcóolicas terminem 2009 representando 30% da receita. No ano passado esse número foi 27% e, há dois anos, ficava em cerca de 20%.

 

Para conseguir crescer no mercado de água mineral, que movimentou cerca de R$ 1,27 bilhão em 2008, segundo dados da ACNielsen, a empresa adotará estratégia semelhante a usada com sua marca de cerveja em 2003, quando lançou a marca Nova Schin. A partir deste mês a marca de água da companhia deixa para trás a marca Schincariol, virando apenas Schin. Além disso, a empresa vai entrar em uma nova categoria do mercado, a de garrafões de cinco litros, que representam 30% do mercado de água mineral, segundo Sacco.

 

"Estamos trabalhando para conquistar a liderança", disse Sacco. Hoje, o Grupo Edson Queiroz, das marcas Indaiá, Minalba, é o atual líder do setor com 13% do mercado, de acordo com dados de dezembro de 2007 fornecidos pela Associação Brasileira das Indústrias de Águas Minerais (Abinam). Mesmo em segundo lugar no ranking, a Schincariol está muito distante da líder, com 2,7% de participação. A Ouro Fino aparece na sequência com 2,5% de participação, seguida da Flamin, da marca Lindóia, e das multinacionais Coca-Cola e Nestlé, que possuem 2,3% e 1,8% de mercado respectivamente.

 

O executivo disse que o grupo possui vantagens em relação as concorrentes, já que possui presença nacional e agora contará com um portfólio mais completo. "Nós estávamos fora de 30% do mercado", afirmou Sacco. Além da Schincariol, apenas o grupo Edson Queiroz tem presença nacional.

 

A empresa atuava nas categorias de água mineral de 300 mililitros, 500 mililitros e 1,5 litro. Segundo o executivo, enquanto o mercado ficou estável em 2008, a Schincariol apresentou crescimento. Segundo dados da Abinam, apesar da estabilidade em faturamento, o volume de águas minerais comercializado passou de 6,8 bilhões de litros em 2007, para 7,4 bilhões de litros no ano passado. "Ninguém vai ficar imune desta crise, mas o nosso produto deve ser o último a ser cortado", afirmou Carlos Alberto Lância, presidente da Abinam, que acredita em estabilidade para o setor este ano em virtude da crise internacional.

 

Grande interesse

 

O setor de água mineral, apesar da estabilidade, tem atraído cada vez mais as grandes empresas que atuam no setor de bebidas. Em outubro de 2008, a Danone, que até então concentrava suas forças nos iogurtes no Brasil, colocou no mercado a água Bonafont, de uma fonte localizada em Jacutinga, em Minas Gerais.

 

Em dezembro do ano passado, outra gigante do setor, a Nestlé, também investiu na categoria. A empresa comprou a fonte da Água Mineral Santa Bárbara, no interior de São Paulo.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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