A Suntory do Japão pagará 1,35 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,1 bilhões) para adquirir as marcas de bebidas Lucozade e Ribena, da GlaxoSmithKline (GSK).
O negócio, que deverá gerar rendimentos líquidos após impostos, taxas e custos de 1,3 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,04 bilhões) para a GSK, põe fim ao controle britânico sobre bebidas que estão há décadas no mercado e se mostraram especialmente bem-sucedidas no Reino Unido e em países da Comunidade Britânica. Os produtos geraram cerca de 500 milhões de libras esterlinas no ano passado (US$ 786 milhões).
O negócio segue-se à decisão do grupo farmacêutico britânico GSK de se concentrar em produtos diretamente vinculados à área de saúde e com potencial de crescer tanto em mercados emergentes quanto em países desenvolvidos.
O negócio foi desencadeado pela decisão da Suntory de se antecipar a um leilão das duas marcas, na tentativa da empresa japonesa de expandir sua linha de bebidas não alcoólicas e aumentar as vendas em mercados como Reino Unido, Ásia e África.
David Redfern, diretor de estratégia da GSK, disse: "A Lucozade e a Ribena são marcas legendárias que deram enorme contribuição à GSK ao longo dos anos, mas agora é a hora certa de vendê-las, num momento em que intensificamos o foco na nossa divisão de produtos de consumo da área de saúde e concretizamos o último estágio de nossa pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos e de vacinas."
Segundo as cláusulas da operação, ainda está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores, a Suntory vai adquirir os direitos mundiais e as instalações de produção industrial da GSK em Coleford, no Reino Unido. Na Nigéria, a GSK vai produzir e distribuir a Lucozade e a Ribena sob licença da Suntory.
A GSK informou que excluirá o lucro líquido das aquisições de seu lucro operacional e lucros por ação principais em 2013. Além disso, os rendimentos da venda serão usados para reduzir o endividamento e para fins corporativos gerais.
As empresas japonesas de bebidas vêm fazendo várias aquisições, num momento em que enfrentam dificuldades no mercado de origem, onde a redução populacional acirrou a concorrência entre as marcas. A Kirin e a Asahi são exemplos de rivais da Suntory que investiram em expansão fora do Japão.
Veículo: Valor Econômico