Na cerimônia de abertura da 5ª Expobev/Confrebras 2013, os congressistas debateram questões como a alta tributação das pequenas e médias empresas de bebidas nacionais, a concorrência desleal, bem como o ingresso das pequenas e médias indústrias de bebidas frias no Simples Nacional, no painel setorial "O Futuro da Indústria Brasileira de Bebidas", organizado pela Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras).
De acordo com o presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, é imprescindível que o futuro das empresas de bebidas regionais seja amplamente debatido, visto que o setor está diminuindo e, por outro lado, nota-se uma concentração de mercado. "Hoje, grande parcela do setor de refrigerantes está dominado por poucas empresas, as gigantes do mercado, que registram um faturamento acima de 90%", analisa o líder setorial. "Em 1990, atuavam no mercado brasileiro 850 empresas, as quais produziam 9 milhões de litros de bebidas. Hoje, são apenas 180 pequenas e médias indústrias em todo o Brasil. Contudo, a produção aumentou: anualmente, são produzidos 16 milhões de litros de refrigerantes. Se a situação não mudar, mais empresas fecharão suas portas, gerando ainda mais desemprego", completou.
Durante o painel, o presidente da Afrebras levantou ainda a seguinte questão: "Por que nós não podemos comercializar nossos produtos no Aeroporto de Congonhas ou Guarulhos, por exemplo? Será que é por que não queremos? Ou então por que não podemos? desnecessário fazer esforços para compreender que somos impedidos de vender nossas mercadorias nesse tipo de local", desabafa.
Também participaram do Painel Setorial o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam), Carlos Alberto Lancia; o vice-presidente da Afrebras, Jairo Landonar; e o presidente da Associação Brasileira das Microcervejarias, Marcelo Carneiro da Rocha. O professor de Direito Tributário da PUC-PR, Oksandro Gonçalves foi responsável por mediar o debate.
Veículo: Diário do Comércio - MG