Feitas com cana crua, de fermentação natural, em alambiques de cobre, as cachaças produzidas pela empresa de Antonio Rodrigues são envelhecidas em tonéis de bálsamo, ipê amarelo e umburana
A Boazinha foi a primeira cachaça a ser produzida por Rodrigues em 1970. Envelhecida por dois anos em barril de bálsamo, o nome teve origem através do próprio consumidor que sempre pedia como "me dá mais uma dose daquela boazinha". A Seleta é a "estrela do show", é a mais vendida e mais consumida. Envelhecida durante dois anos em tonéis de umburana, é recomendada para quem gosta de sabores intensos. A Saliboa, envelhecida em tonéis de ipê amarelo, é uma cachaça que tem toque de elegância e sabor característico.
Com mais de 120 funcionários, Rodrigues diz que os colaboradores são como uma grande família. "Temos os mesmos ideais, as mesmas intenções e o mesmo direcionamento, por isso existe sintonia entre todos", afirma. Esses mesmos colaboradores unidos aos milhares de fãs e consumidores das bebidas Seleta em todo o mundo formam uma legião chamada de "seleteiros". São pessoas que consomem e acreditam na marca como algo único e muito especial.
Atualmente, a Seleta produz 1,5 milhão litros/ano de cachaça. o maior produtor nacional de cachaça artesanal. Exporta para China, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Uruguai, Portugal, Nova Zelândia e França. Mas o grande autor dessa história não quer parar por aqui. Almeja vôos maiores e se sente feliz por ter contribuído para a elitização da mais brasileira das bebidas, a cachaça artesanal.
Selo - Recentemente, a região de Salinas teve uma grande vitória. Conquistou o selo de indicação geográfica. O selo é certificado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e tem o objetivo de evitar que produtos de origem de outras regiões sejam vendidos como as originais cachaças salinenses, além de garantir a excelente procedência do produto. Com a conquista do selo, a cachaça ganha valor e parte para uma concorrência mercadológica justa, otimizando a exportação do produto que adquire status e reconhecimento como produto diferenciado. Muda-se a visão da cachaça como mais uma bebida destilada genérica para um artigo a ser apreciado por sentidos como olfato, paladar e visão, abrindo portas para a inserção nos Estados Unidos e Europa.
"Essa medida vai fortalecer o mercado de cachaça, promover o desenvolvimento sustentável aos produtores de Salinas. O selo vem comprovar que o produto é genuíno e traz características diferenciadas, encontradas somente nessa região", finaliza o empresário.
Veículo: Diário do Comércio - MG