O suco de laranja teve a terceira alta consecutiva na Bolsa de Nova York e a libra-peso chegou ao final da quarta-feira de cinzas 5% mais valorizada em relação à semana passada - 69,65 centavos de dólar a libra-peso. "Os preços estão tão baixos quanto os estoques do suco. Essa é a principal razão para a recuperação", avalia Maurício Mendes, do Grupo de Consultores em Citros (GConci) e analista da AgraFNP. Na semana passada, a commodity chegou ao limite de 64,6 centavos de dólar, a menor cotação desde agosto de 2004.
Mendes ressalta que os fundamentos da oferta, notadamente reduzida, não influenciaram a variação registrada essa semana. Tampouco a demanda teria se recuperado, apesar das previsões otimistas de recuperação da economia americana alardeadas pelo presidente da Federal Reserve (FED - Banco Central americano) Ben Bernanke. "Ainda assim a tendência é de uma alta gradativa sujeita a oscilações", pondera Maurício Mendes.
Os preços do milho também subiram pela terceira dia seguido em meio às especulações de que os agricultores dos Estados Unidos, maiores produtores e exportadores, substituirão o cereal pela soja este ano devido aos altos custos dos insumos.
Esta semana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) deve reduzir a estimativa da área plantada com o grão em relação às previsões anteriores em virtude da queda superior a 50% dos preços frente ao recorde registrado no último ano. A área ocupada pode cair de 85,98 milhões de acres para 85,14 milhões. "Essas expectativas estão impulsionando a cotação", afirmou Dale Durchholz, analista de grãos da AgriVisor em Bloomington, Illinois.
Os preços futuros do milho para entrega em março subiram para US$ 3,6375 o bushel (25,4 quilos), depois de registrar um ganho de 1,1% nas duas sessões anteriores. Contudo, o preço ainda está 54% abaixo do recorde de US$ 7,99 de 27 de junho.
Veículo: Gazeta Mercantil