Fenavinho termina com crescimento de 17%

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A Fenavinho, tradicional festa e feira do vinho brasileiro que acontece em Bento Gonçalves, terminou ontem com a presença aproximada de 175 mil visitantes, o que significa um aumento de 17% em relação à edição anterior. O mesmo percentual de crescimento também foi registrado no número de vinícolas expositoras, de 80 empresas em 2007 para 93 nesta edição, que começou em 30 de janeiro.

 

"Consideramos que o crescimento poderia ser ainda maior, mas entendemos que, na situação atual da economia, esse é um resultado excepcionalmente bom", avalia o presidente da Fenavinho, Tarcísio Michelon. Conforme sua estimativa, foram comercializados, somente nesta edição, nove vezes mais vinhos e derivados da uva, alcançando R$ 8 milhões em negócios.

 

O destaque nas vendas foi o Projeto Comprador, que possibilitou o contato entre as vinícolas e os mais diversos tipos de compradores, tanto nacionais quanto estrangeiros. "Fizemos um projeto que, desta vez, trouxe três vezes mais compradores, passando de 30 para 90 este número", afirma Michelon. Para ele, entretanto, o saldo final poderia ter sido melhor. "Os resultados ainda são muito modestos para o que ainda pode vir no futuro", aponta. Com a experiência nas rodadas de negócios, mais de 90% das vinícolas já manifestaram interesse em participar na próxima edição, o que deve aumentar ainda mais o volume de comércio.

 

Outro destaque da Fenavinho foram os cursos de degustação gratuitos oferecidos pela organização do evento, que contaram com a participação de mais de 1,2 mil pessoas. "Como o mercado oferece poucos cursos e os oferecidos são muito caros, muita gente aproveitou para fazê-lo, inclusive havendo lista de espera", conta Michelon. Segundo ele, esta é a melhor forma de conquistar novos clientes e popularizar o consumo do vinho.

 

Os atrativos culturais foram os mais esperados pelos visitantes. A Ópera Popular do Vinho, uma superprodução com investimento de R$ 800 mil, registrou a presença de 25 mil expectadores durantes os finais de semana da feira. O espetáculo contava a história do vinho em cerca de duas horas, através de uma cenografia elaborada, com monumentos de até 30 metros de altura e participação de aproximadamente 300 atores.

 

Para ele, os objetivos foram alcançados. "Esperávamos que se consolidasse como feira e festa nacional, e isso nós conseguimos", declara. Também as empresas participantes tiveram êxito, tanto no volume de negócios como na percepção da importância da vinicultura brasileira. "Tínhamos a meta de que houvesse união das vinícolas, especialmente as do Rio Grande do Sul e, nesta edição, romperam-se barreiras. Houve uma integração do setor do vinho em defesa do vinho brasileiro."
 


Veículo: Jornal do Comércio - RS


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