Produtores tentam popularizar o vinho

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Estudo da Embrapa feito com consumidores de Porto Alegre, Recife e São Paulo mostra que público ainda associa vinhos bons à bebidas caras. Feira em São Paulo tenta desmistificar esta ideia.

 

Um pesquisa da Embrapa sobre o mercado de vinhos e espumantes no Brasil, feita com consumidores de Porto Alegre, Recife e São Paulo, aponta que 79% dos entrevistados associam vinhos bons a vinhos caros. Isso talvez explique por que por muito tempo o consumo – ou para os entendidos, degustação – foi considerado elitista. Talvez também seja o motivo para o baixo consumo per capita no País: menos de dois litros por ano (1,9 litro), enquanto em países vizinhos, como o Chile e Argentina, esse número chega a 20 litros e 30 litros respectivamente. Mas essa história tem mudado, tanto que, nos últimos anos, os supermercados tornaram-se os principais canais de venda desse produto.

 

Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), atualmente, a cada três garrafas de vinhos comercializadas, duas são compradas em supermercados, o que demonstra a popularização do produto. A expectativa do Ibravin é que, até 2030, o consumo per capita aumente para 3,5 litros ao ano, um crescimento de 84% no período. E, se o País e seus produtores adotarem medidas de incentivo ao consumo, esse crescimento poderá ser maior.

 

É nesse cenário que ocorre nesta semana a Expovinis 2009, um dos principais eventos do setor na América Latina. Com 250 expositores do Brasil e do exterior, o evento tem como principal objetivo justamente a popularização do vinho. "Há sete anos, quando cheguei ao Brasil, era raro encontrar pessoas tomando vinho nos restaurantes. Atualmente, pelo menos em uma mesa há uma garrafa de tinto ou branco acompanhando um almoço ou jantar", diz Domingos Meirelles, diretor-geral da Exponor Brasil, empresa responsável pela realização da feira. Segundo ele, é preciso acabar com a falsa ideia de que consumir vinho é apenas para pessoas abastadas. "E a Expovinis ajuda nessa desmestificação", afirma Meirelles.

 


Preferência – Embora os rótulos importados ainda tenham a preferência do consumidor brasileiro, Meirelles garante que a produção de vinhos finos e espumantes nacionais vem apresentando excelentes resultados beneficiada pela melhoria da qualidade, reconhecida em concursos internacionais.

 

Um exemplo dessa expansão é verificado nas exportações: segundo dados do Ibravin, no primeiro semestre de 2008, o Brasil registrou exportações na ordem de R$ 2.727.506, um grande salto se comparado a igual período de 2003, quando as vendas externas não ultrapassaram os R$ 772 mil.

 

Serviço


Expovinis Brasil 2009
Quando: de 5 a 7 de maio
Local: Transamerica Expo Center - São Paulo.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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