Spaipa busca fortalecer atuação em retornáveis

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A Spaipa, terceira maior franquia da Coca-Cola no Brasil, inaugurou ontem uma nova fábrica, resultado de um investimento de R$ 86 milhões. A empresa, que opera no interior de São Paulo, Norte do Paraná e região de Curitiba. A fábrica de Marília já incorpora a estratégia da Coca-Cola de recuperar a antiga prática de se estocar vasilhames em casa para comprar bebidas mais em conta, uma vez que possui uma linha de pet retornáveis.

 

No total, a nova unidade, que também tem uma linha de envase de latas, produzirá 156 milhões de caixas anuais, o que permite um aumento de 19% na produção do grupo, cuja capacidade instalada é de 314 milhões de caixas anuais. "A nossa intenção é de crescer na nossa região, ainda mais nos retornáveis, chegando a 30% das vendas", disse o presidente do conselho de administração da Spaipa, Daniel Herbert.

 

Segundo ele, a franquia reviu várias vezes seus números desde outubro de 2008 e eles sempre apontaram para algum crescimento em 2009. "Não estamos vendo crise no nosso negócio e esperamos que o faturamento cresça 15% e a produção na faixa de 6% neste ano", afirmou. O crescimento real, no entanto, deverá se aproximar dos 2%, segundo Neuri Frigotto, diretora de marketing e vendas da Spaipa, porque houve uma elevação de impostos como PIS, Cofins e IPI bastante forte neste início de ano. "Este percentual significa conquista de mercado sobre nossos concorrentes."

 

Neste aspecto, a volta aos investimentos nos retornáveis é uma parte importante da estratégia de crescimento. "Enquanto uma descartável de 2 litros de Coca-Cola chega ao consumidor por R$ 3,09, uma retornável de 1,5 litro custa R$ 1,79. Certamente há um ganho considerável aí", disse. "Atualmente os retornáveis de vidro e de PET representam 12% das vendas, mas queremos ampliar isso até 20% ainda neste ano", revelou Rino Abbondi, vice-presidente Técnico e de Logística da Coca-Cola do Brasil. O crescimento deverá ocorrer tanto nas garrafas que usam a resina pet como nas que utilizam vidro, que continuam no mercado, principalmente em bares e restaurantes. O pet representa perto de 80% do mercado das embalagens retornáveis, produzidas no Uruguai, enquanto que o vidro é utilizado em 20% dos vasilhames.

 

Daniel Herbert revelou também que a Spaipa deverá fazer novos investimentos, até o final de 2009, de aproximadamente R$ 70 milhões ante R$ 130 milhões em 2008. Os recursos serão aplicados em renovação de frota, tecnologia e ampliação das geladeiras instaladas.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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