A Ypióca passou pela crise com a mesma tranquilidade com a qual o controle da empresa é repassado a cinco gerações. Em 2009, a companhia prevê aumentar em 10% o seu faturamento, que em 2008 somou R$ 300 milhões. Maior produtora de aguardente do mundo, a diversificação de produtos e de ramos de atuação foi o que garantiu o bom resultado nos negócios.
Empresa familiar mais antiga do Brasil, com 160 anos, e conhecida pela famosa cachaça, a Holding Telles S.A., controladora da marca, possui sete empresas e seis unidades industriais que atuam em diversos segmentos, produzindo desde papel, até produtos agrícolas como carne, milho e leite. Para este último, a companhia tem planos de aumentar a produção dos atuais 70 mil litros, para 75 mil litros por mês e, no futuro, ampliar o faturamento com a venda de subprodutos como o doce de leite. "Gostamos de inovar sempre e inovação traz diferenciação", afirma Everardo Telles, presidente da Ypióca e representante da quarta geração da família.
Diversificação é um princípio levado a sério pela família Telles. No segmento agrícola, além da produção de leite, a empresa mantém um plantel de 500 ovinos e 500 caprinos para uso na alimentação dos 3.560 funcionários diretos que mantém nas seis unidades industriais. O grupo produz ainda carne bovina e suína, cujo excedente de produção, 20 toneladas e 10 toneladas, respectivamente, é comercializado para frigoríficos. As 2 mil toneladas de milho produzidas anualmente são utilizadas na alimentação desses animais. A empresa ainda faz uma incursão no cultivo de soja com a mesma finalidade.
Presente em todo o País, a aguardente da Ypióca continua sendo o principal produto da empresa, cuja capacidade de produção chega a 126 milhões de litros por ano - mais de 10% dos 1,2 bilhão de litros produzidos no País. Carro-chefe do grupo, a aguardente está conquistando novos mercados. Antecipando-se a Copa do Mundo, que será realizada em 2010 na África do Sul, a empresa fez os primeiros embarques para o país. A companhia está presente em 40 países e acaba de conquistar os mercados da Nova Zelândia e Romênia.
Aline Telles, diretora de Marketing da Ypióca e membro da quinta geração da família nas empresas, afirma que mesmo com o crescimento de novos mercados, o aumento nas vendas deve se concentrar em países onde o grupo já atua, destacando Espanha, França e Estados Unidos que, juntos, respondem por 53% das exportações da companhia. Ela também destaca que a estratégia da empresa é avançar em cima produtos segmentados, como o de bebidas saborizadas.
Com o princípio de sempre reinvestir o lucro, a empresa já tem planos de ampliar a área de cana-de-açúcar. Segundo Paulo Telles, diretor de planejamento, a unidade localizada no município de Ceará-Mirim, no estado do Ceará, já está em expansão e irá aumentar a lavoura de cana de 1,5 mil hectares, para 3,5 mil hectares. A unidade de Jaguaruana, também no Ceará, deverá ser ampliada nos próximos três anos de 800 hectares, para até 4 mil hectares. "O nosso desafio é continuar o legado, nos posicionar e acompanhar as mudanças no mercado. Por isso a preocupação na diversificação", destaca o membro da quinta geração da família.
Com endividamento zero e recursos próprios, a empresa cresceu 12% em vendas no último ano, enquanto o crescimento médio do segmento no Brasil foi de 5,3%, segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). O market share da companhia no País é de 11,6% e é ao mercado interno que será destinado o maior volume de aportes. Outro fato que impressiona na Ypióca é a verticalização. Além dos produtos agrícolas, a cana resulta ainda na fabricação de 50 toneladas de papel por mês, 36 milhões de unidades de garrafas de plástico, 18 mil KW de energia, 15 mil toneladas de compostagem por ano, 20 mil toneladas de briquete e vinhoto para a fertirrigação da lavoura de cana. O grupo tem ainda uma empresa no setor de água que embala 32 milhões de litros por ano.
A Ypióca driblou a crise financeira com a diversificação de suas atividades. Maior fabricante de aguardente do mundo e controlada pela Holding Telles S.A., a companhia produz de milho, carnes (bovina e suína) e leite a papel e plástico. A empresa familiar mais antiga do Brasil, com 160 anos, prevê elevar em 10% o seu faturamento, que, em 2008 somou R$ 300 milhões. "Gostamos de inovar e inovação traz diferenciação", diz Everardo Telles, presidente da Ypióca e representante da quarta geração à frente do grupo.
Outro fato que impressiona na Ypióca é a verticalização: além dos produtos agrícolas, a cana resulta na fabricação de 50 toneladas de papel por mês, 36 milhões de unidades de garrafas de plástico, 18 mil kW de energia, 15 mil toneladas de compostagem por ano, 20 mil toneladas de briquete e vinhoto para a fertirrigação da lavoura de cana. O grupo controla uma empresa no setor de água que embala 32 milhões de litros por ano. Além disso, mantém um plantel de 500 ovinos e 500 caprinos que usa na alimentação de seus 3.560 funcionários.
Veículo: DCI