Rossi inicia hoje reunião para ampliar venda de carne à União Europeia

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Wagner Rossi, ministro da Agricultura, reúne-se hoje com dirigentes da União Europeia (UE) para o Comércio de Bovinos e de Carne. A missão, que também conta com os secretários de Relações Internacionais, Célio Porto, e de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, tem uma meta ambiciosa: tentar flexibilizar as normas impostas pelo bloco para a exportação de carne e ampliar a aceitação da UE em relação a níveis mínimos de tolerância de contaminação de transgênicos.

 

Além disso, o ministro deve formalizar um convite para a visita dos comissários ao Brasil. Ele quer estender o convite a missões das áreas de saúde e defesa do parlamento europeu, que viriam para obter mais informações sobre a produção pecuária nacional. Estão em destaque programas de monitoramento, como o Boi Guardião, e outros considerados inovadores na busca de proteção ao meio ambiente.

 

"Os temas são muito importantes e queremos avançar nessa agenda, mas não sabemos o nível de avanço possível", disse. "Negociações internacionais não se fazem apenas em um ato. É preciso uma peça inteira de muitos atos", acrescentou.

 

Para o ministro, as regras de rastreabilidade para o Brasil são extremamente restritivas. "No passado, havia alguma razão para isso, mas agora deixaram de ser razoáveis", comentou.

 

Com a flexibilização, a expectativa é de que o Brasil consiga cumprir a Cota Hilton de cortes nobres. Dentro da cota, os cortes bovinos pagam tarifa de 20%. Fora dela, o imposto é de 12,8%, mas os exportadores pagam mais 3.041 euros por tonelada. A fatia do Brasil na cota é de 10 mil toneladas, mas, desde julho de 2009, só conseguiu exportar 10% do total. "O Brasil não consegue cumprir as especificações que impuseram", disse o ministro. O setor produtivo está otimista em relação aos resultados da viagem porque é a primeira vez em que um ministro trata do caso pessoalmente.

 

Rossi pressionará também a União Europeia a ampliar sua aceitação de níveis mínimos de tolerância de contaminação de organismos geneticamente modificados, os transgênicos. Atualmente, essa tolerância é nenhuma (zero) nos produtos exportados ao bloco, e o que o Brasil pleiteará é um intervalo de 0,1% a 0,2% de contaminação. "Há certa sensibilidade para isso ser ampliado", disse.

 

O ministro tratará do caso da Diretiva 61, que exige uma lista prévia de propriedades habilitadas a fornecer gado de abate. O Brasil vai propor que a relação de fazendas passe a ser administrada pelo Ministério da Agricultura, não pela UE.

 


Veículo: DCI


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