Tempo seco deixa carne mais cara

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O tempo seco do inverno também é o responsável por deixar os preços da carne mais altos. Apenas nesta semana, a oscilação dos custos do item é até 5% superior ao mesmo período da semana passada, custando, em média R$ 14,08. No entanto, em julho, quanto os termômetros registraram as mais baixas temperaturas do ano, o custo chegou a R$ 16. Na comparação com 2009, a carne foi o produto que mais registrou aumento.

 

"No inverno, além do frio, a estiagem prejudica a pastagem e faz com que o criador de gado tenha que suplementar a criação com ração, tanto para carne quanto para leite e, historicamente, os preços sempre sobem. No entanto, com toda a tecnologia atual e o mercado externo influenciando, mudou muito. Isso tornou ainda mais habitual e comum que suba o preço da carne", explica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá Benedetto.

 

Ele alerta que com as temperaturas baixas também aumenta o consumo de comidas calóricas, o que faz com que a saída do alimento neste período seja maior.

 

"O hábito de subir os preços, aliado ao fato de as pessoas consumirem mais carne, é natural. No verão comemos mais alimentos leves, saladas, enquanto no inverno optamos pelos mais calóricos. Mas não estamos no pior momento do ano. O preço já está caindo", atesta.

 

No entanto, na comparação anual feita mês a mês pela Craisa, a carne é o item que mais registra oscilação. No ano passado, o pico de preço do item, em julho, fez com que o produto chegasse a custar R$ 14, valor que, em 2010, é recorrente nas gôndolas do supermercado.

 

"Essa alta começou mais cedo neste ano. Em maio já estava bem alto o custo e chegou ao maior preço em julho, por R$ 16", conta.

 

Apesar de o tempo estar ainda mais seco nesta semana, o engenheiro avalia que, dificilmente, os valores do produto ultrapassem o registrado no mês passado. "Agora já está estável", garante.

 

COPA DO MUNDO

 

O Mundial de futebol também contribuiu para os valores subirem. Com o campeonato, todos os produtos ligados ao churrasco - da carne até a cerveja - registraram variação de até 20%, causando alarde nas donas de casa.

 

Supermercados justificaram na ocasião que, com a demanda em alta, é comum que preços sejam revistos.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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