Brasil vai alojar 6 bilhões de frangos e produtividade aumenta

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Mais de seis bilhões de cabeças de frango serão alojadas no Brasil este ano. E não é só a quantidade que cresce, mas também a produtividade. A previsão é que o País também deverá bater novo recorde em 2011. A produção projetada para o ano deverá ficar em torno de 12,9 milhões de toneladas. O Paraná é o estado que mais vem se destacando no setor.

 

Os produtores paranaenses têm sido responsáveis por 25% do abate feito no País, onde a produtividade do frango de corte só vem aumentando. De acordo com levantamentos feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nos últimos dez anos o volume de aves alojadas cresceu 85%, enquanto a produção de carne aumentou 96%. O diretor Agropecuário da Bigfrango, Valter Bampi, de Rolândia (PR), acredita no potencial da genética. "Existe um trabalho forte em genética da avicultura paranaense. Nós não temos esse domínio da genética brasileira, mas importamos dos norte-americanos e dos europeus. Ou seja, é uma ave trabalhada para ser mais rústica, para ter melhor conversão alimentar, para transformar a ração em quilos de carne. Uma ave menos suscetível à doença, com melhor sanidade", explica Bampi.

 

Para a Conab, o novo recorde de produção de carne de frango do país tem mercado consumidor garantido. "Há falta de oferta de carne de boi. Com isso, tanto o suíno quanto o frango são beneficiados como vimos em 2010. Outro fator é a qualidade do nosso frango, hoje reconhecido internacionalmente. Apesar do dólar ter caído, o poder aquisitivo do mercado interno também melhorou. Então, o consumo per capita do brasileiro passou de 37,5 quilos para 45 quilos de frango ao ano", explica Bampi.

 

Como a maioria das granjas do Paraná, na propriedade do avicultor Luiz Paucic Júnior, em Arapongas, o sistema é de integração. A indústria se compromete com o fornecimento dos pintinhos, a ração, assistência técnica e a compra das aves no ponto de abate. O produtor cria e engorda. "A criação de frango de corte é uma atividade como todas as outras. Tem seu grau de dificuldade, mas é uma atividade que está se expandindo bastante na nossa região e a gente tem ficado satisfeito com os resultados", diz Paucic.

 

O manejo automatizado nos galpões garante o lucro do produtor. Com 50 dias de engorda, cada uma dessas aves deverá ir para o abate pesando em média três quilos. "A lucratividade está se mostrando satisfatória. A gente está trabalhando numa faixa de R$ 0,40 por cabeça, até pelo tamanho da propriedade."

 


Veículo: DCI


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