Avicultura: crescimento é desafio

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O grande desafio da avicultura brasileira é manter o crescimento sustentado de 6% a 8% ao ano, mesmo em um período de crise financeira mundial. A afirmação é do novo presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Antonio Mendes, que tomou posse no cargo na terça-feira passada, em Brasília (DF), em substituição a Zoé Silveira d’Avila, que esteve à frente da UBA nos últimos 12 anos.

 

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango e o maior exportador, lembrou Ariel. O frango é o segundo produto na pauta de exportações do agronegócio e o quarto na pauta geral. "Para chegar a esse ponto, foi uma longa trajetória, iniciada em 1972. Nossas empresas tiveram que investir pesado em biossegurança e gestão, para transformar o frango brasileiro num produto altamente competitivo e com uma qualidade reconhecida mundialmente", disse.

 

Em 2008, a avicultura brasileira deverá produzir 11 milhões de toneladas de carne de frango, 450 mil de carne de peru e 24 bilhões de unidades de ovos, além de carnes e produtos de outras espécies avícolas. O crescimento da atividade projetado para 2009 oscila entre 6% e 8%. "Nosso grande desafio será continuar com crescimento sustentado. Se prosseguirmos nesse ritmo, deveremos chegar ao segundo lugar nos próximos anos", ressaltou.

 

Na produção de carne de frango, o Brasil só fica atrás dos Estados Unidos (16,5 milhões de toneladas) e da China (12,5 milhões). Contudo, o país já é o maior exportador de carne de frango, respondendo por 45% das exportações mundiais. A carne de frango brasileira é consumida em cerca de 150 países. Além da carne de frango, o setor avícola brasileiro exporta peru, ovos e material genético. Em 2008, o setor deverá assegurar uma receita cambial de US$ 7 bilhões ao país - 40% maior do que no ano anterior.

 

Em relação ao mercado interno, a carne de frango deverá manter a liderança de consumo, na comparação com outras carnes, conquistada desde 2006. "Podemos pensar em um crescimento da ordem de 2% a 3 % ao ano. Sem dúvida, ainda temos um potencial razoável para aumento no consumo interno, e é possível que cheguemos aos 45 kg nos próximos anos", disse Mendes.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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