China amplia aval para frango brasileiro

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País passa a ter 50 frigoríficos habilitados para vender o produto; três são autorizados a vender carne bovina

Vendas de carne de frango aos chineses podem chegar a 200 mil toneladas em 2011, ante 130 mil no ano passado

 

Depois da abertura do mercado para a carne suína brasileira, os chineses também decidiram ampliar o número de frigoríficos autorizados a exportar carne de frango e carne bovina para o país.

 


O governo chinês autorizou a importação de carne de frango de 25 indústrias brasileiras. Com isso, o Brasil passa a ter 50 estabelecimentos habilitados para vender o produto, segundo o Ministério da Agricultura.


No caso da carne bovina, mais cinco foram autorizados a exportar para a China. Até então, apenas três frigoríficos estavam habilitados.


Segundo informações divulgadas ontem pelo ministro Wagner Rossi (Agricultura), o acordo foi fechado durante a missão comercial da presidente Dilma Rousseff à China, na semana passada.


A China importa por ano cerca de US$ 1 bilhão em carne de frango. No ano passado, segundo o ministério, o Brasil exportou para os chineses cerca de US$ 219 milhões do produto.


Porém, segundo o governo chinês, a China importou US$ 530 milhões de carne de frango do Brasil nesse período. A diferença nos números se dá porque os chineses contabilizam os produtos que entram via Hong Kong.


A estimativa da Ubabef (que reúne produtores de frango) para as exportações do produto à China neste ano é de 160 mil toneladas -um crescimento de 23% em relação ao ano passado.


Caso a habilitação de mais 25 indústrias se confirme, o volume embarcado pode subir para 200 mil toneladas em 2011, segundo Francisco Turra, presidente da Ubabef.


"Mas ainda não houve uma comunicação oficial ao ministério, que também não informou a associação", disse.

 

SUÍNOS


Na semana passada, os chineses anunciaram a abertura do seu mercado para a carne suína brasileira, com 3 dos 13 frigoríficos inspecionados pelos chineses habilitados a exportar.


Até o momento, no entanto, os nomes dos frigoríficos habilitados a exportar carne suína para a China não foram divulgados e, segundo a Folha apurou, as empresas aguardam um comunicado oficial dos chineses para comemorar a liberação.


Rossi considera que a posição da China vai facilitar a negociação de venda da carne para outros países, como Coreia do Sul e Japão.


"A China foi o primeiro grande mercado de alto valor agregado que conseguimos acessar. Os chineses são exigentes quando se trata de carne suína. Por isso, um aval da China significa uma vitrine em outros importantes mercados asiáticos", diz.


Além das carnes, a missão brasileira trouxe resultados positivos nas negociações relacionadas às exportações de gelatina, produtos lácteos, milho, própolis, sêmen e embriões bovinos e tabaco.



Veículo: Folha de São Paulo


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