No segmento de carnes, as exportações de frango encerraram o período com crescimento de 57% no valor negociado, alcançando US$ 190 milhões. As carnes bovinas faturaram US$ 174,6 milhões, uma queda de 6,93% frente ao resultado obtido em igual intervalo de 2010. Também foi registrado recuo nos volumes embarcados, que ficaram 25,35% inferiores ao exportado entre janeiro e julho do ano passado. Em compensação, o valor da tonelada foi cotado a US$ 4,8 mil acumulando alta de 24,68%.
O recuo nas exportações também foi observado nos embarques de carnes suínas, que caíram 41,15% no faturamento, gerando receita de US$ 27,2 milhões. Os volumes recuaram 38,10% e o preço da tonelada em 4,94%. A tonelada encerrou período cotada a US$ 2,188.
De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, a diferença entre as exportações e importações do agronegócio mineiro totalizou US$ 4,8 bilhões. O valor corresponde a 31% do saldo da balança comercial do Estado.
"O crescimento nos valores negociados pelo Estado é reflexo da valorização das commodities, principalmente do café. O grão teve a tonelada comercializada pelo preço médio de US$ 4,5 mil, aumento de 68% em relação ao valor negociado no mesmo período do ano passado".
Importações - A principal preocupação do superintendente em relação às importações é o aumento dos negócios no segmento lácteo. Segundo ele, caso o governo federal não consiga efetuar um acordo, a situação dos pecuaristas de leite pode ser agravada. As importações do segmento aumentaram 31,78% em volume. Entre janeiro e julho foram importadas 3,4 mil toneladas de produtos lácteos. O faturamento acumulado é de US$ 12,7 milhões, alta de 66,52%.
"As importações de lácteos são provenientes principalmente do Uruguai e da Argentina. O governo federal já está buscando acordo com os países para limitar o volume negociado. A medida será fundamental para preservar a cadeia produtiva local", disse Albanez. (MV)
Veículo: Diário do Comércio - MG