Mercado brasileiro resgistra melhora

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O mercado brasileiro de carne suína registrou uma melhora de preços na semana, passada em virtude da demanda mais efetiva no Centro-Sul do Brasil, segundo informa o analista de Safras & Mercado, Felipe Netto.

Ele destaca que a queda dos preços do milho é uma boa notícia para o setor, o que traz um quadro de menor pressão aos produtores muito embora a realidade dos suinocultores ainda seja bem complicada. "A relação de troca do milho por um quilo de carne suína ainda segue bem distante da meta estabelecida pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, que prevê a compra de oito quilos de milho com um quilo de carne suína vendida", comenta.

Em São Paulo, por exemplo, dados da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) apontam que, com um quilo de carne suína é possível adquirir no momento apenas pouco mais de quatro quilos de milho, o que é preocupante. "A tendência, porém é de um quadro mais alentador no médio prazo, que tende a reduzir o custo de produção da suinocultura, uma vez que a segunda safra brasileira de milho tende a apresentar boa oferta, situação esta que pode vir a ser confirmada também para a safra estadunidense", destaca Netto.

Em âmbito externo, após encontro, no dia 19, entre o ministro da Agricultura da Argentina, Norberto Yauhar, e o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, a tão esperada notícia pelo setor exportador de um possível acordo entre os dois países para a retomada das compras de carne suína brasileira pelo país vizinho não foi confirmada.

Resta a expectativa de que um acerto possa ocorrer oficialmente até nesta semana, uma vez que o ministro da Agricultura argentino ainda precisaria se encontrar, nesta sexta-feira, com importadores do país para esclarecer detalhes a respeito de uma proposta de acordo, que estabeleceria uma cota mensal de compra da ordem de 3 mil toneladas mensais de carne suína do Brasil.


Argentina - Para Felipe Netto, a retomada dos embarques para a Argentina seria bem oportuna neste momento, até mesmo em função da recuperação do câmbio. "Acredito que um maior reflexo para as exportações de carne suína possa ser sentido em maio, caso este acordo com o país vizinho seja efetivamente firmado", salienta.

A análise de preços de Safras & Mercado indicou algumas alterações de preço nesta semana em relação à anterior. Em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 40,50, ante R$ 40,00 da semana passada. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi negociado a R$ 1,90 na integração, mesmo valor da semana passada. No interior a cotação seguiu em R$ 1,98.

Em Santa Catarina o quilo vivo foi vendido a R$ 1,90 na integração, sem alteração ante a semana passada. No interior o preço continuou em R$ 2,00. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 1,98 no oeste do Estado, ante R$ 1,96 na semana passada. Já na integração o quilo foi negociado a R$ 1,90, sem alterações ante à última semana.

Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo subiu de R$ 1,75 para R$ 1,80. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 2,50. Em Minas Gerais o quilo vivo foi vendido a R$ 2,60, mesmo valor da semana passada. Em Mato Grosso o quilo vivo se manteve em R$ 1,60.

No Espírito Santo a cotação recuou de R$ 2,65 para R$ 2,45. Em Pernambuco o quilo vivo suíno foi comercializado a R$ 2,85, ante R$ 3,10 da última semana, enquanto no Ceará a cotação caiu de R$ 3,40 para R$ 3,10. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve alta de 1,51% frente à semana passada, passando de R$ 1,98 para R$ 2,01.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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