Com oferta maior, preços ficam mais baixos

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Mesmo em baixa, preço da carne suína ainda supera valores praticados em maio


O mercado de suínos brasileiro continua com preços baixos, reafirmando a fraca receita que vem sendo obtida pelos suinocultores nos últimos meses. Na semana passada, foi observado recuo de 5,5% nos preços do Paraná, na região de Castro, que atualmente cota o suíno a R$ 1,70 o quilo frente a R$ 1,80/kg observado na semana anterior. No Estado do Mato Grosso, o quilo do suíno é negociado a R$ 1,75. Apesar dos baixos patamares obtidos, os preços ainda são melhores do que os vistos no inicio do mês de maio, quando o quilo do suíno era cotado a R$ 1,60.

Em São Paulo, a arroba do suíno segue comercializada a um preço médio de R$ 40,50 que indica que o quilo do suíno é negociado a R$ 2,16 em média no Estado. Contudo, alguns negócios foram observados na região Sudoeste a patamares menores, em média a R$ 39,50 a arroba que indica uma cotação de R$ 2,10/kg.

Segundo a analista de Safras & Mercado Andreia Mariani, os menores preços vistos são decorrentes do grande volume de oferta de animais prontos para o abate e reafirma a baixa receita que vem sendo obtida pelos suinocultores nos últimos meses. O mercado externo tem tido papel fundamental para regular a oferta e demanda do mercado interno, mas apesar do aumento nas exportações, o mercado continua com grande volume de animais prontos para o abate.

"Esse excedente de oferta pode ser justificado pelo dimensionamento da produção, que não apresenta redução nos estoques de matrizes desde o ano passado. Com isso, há grande número de animais prontos para o abate", explicou a analista. Do lado da demanda, nesta época do mês é natural se observar uma demanda mais enfraquecida, uma vez que os compradores já realizaram as compras e ficam no aguardo da virada do mês para realização de novos negócios, já que estarão mais capitalizados.


Consumo - Contudo, com a chegada do inverno é esperado um maior consumo da carne suína, usual para este período. As carnes concorrentes apresentam preços em valorização no atacado, o que é positivo para o mercado de carne suína.
Mariani indica que a expectativa é de que os preços permaneçam estáveis até o término do mês, uma vez que os patamares em que os preços se encontram já são muitos baixos.

A tendência é de que a situação fique melhor para o produtor com a entrada do milho no mercado, que irá diminuir os custos de produção em relação à alimentação animal e contribuirá para que o produtor tenha um melhor poder de compra frente aos insumos.

No mercado externo, também espera-se um volume positivo para as exportações, que é favorecido pelo câmbio.
O mercado atacadista também apresentou queda nos preços nesta semana. A carcaça tipo exportação passa a ser negociada a R$ 3,00 no Paraná, em linha com os preços de São Paulo.

O mercado apresenta boa fluidez de negócios devido aos baixos valores. No varejo, o pernil com osso apresenta redução e passa a ser negociado a R$ 4,30 em São Paulo frente a R$ 4,50 na semana passada. Os preços praticados no Estado em questão refletiram em queda para os demais estados do Sul, que tem o pernil com osso a um preço médio de R$ 4,20.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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