Preço permanece em queda

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Frigoríficos de maior porte contam com confinamentos próprios


O mercado físico do boi gordo apresentou forte oferta de gado confinado na semana de 16 a 19 de julho. Por conta disso, os preços permanecem em queda e as escalas, posicionadas com muito conforto. O avanço das escalas de abate deve refletir na postura adotada pelos frigoríficos ao longo da semana.

O Frigorífico Minerva de Barretos (SP) não opera há 25 dias, e tudo indica que deve ficar fora das compras até final do mês. Conforme comprador de boi, o motivo é, primeiramente, as escalas longas de abate e a grande quantidade de ofertas. As escalas de abate vão até dia 30 de julho.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, dificilmente haverá agressividade nas compras, até por que se faz necessário reduzir os estoques de carne para melhorar os preços no atacado.

Os frigoríficos de maior porte ainda dispõem de outros mecanismos para a composição de suas escalas de abate, como confinamentos próprios além de contratos a termo. Outra estratégia adotada em grande profusão é a compra de carne no atacado, considerando que alguns frigoríficos ainda ofertam as carnes abaixo dos preços praticados no mercado.

Conforme Iglesias, o setor em si está fragilizado, considerando que o segundo semestre apresenta maior oferta de gado confinado, os custos vêm aumentando de maneira significativa durante as últimas semanas. O milho e a soja sofreram reajustes durante os meses de junho e julho. Portanto, a rentabilidade tende a ficar comprometida, se o preço do boi gordo não se valorizar durante os meses de julho e agosto.

Por outro lado, conforme informações de Safras & Mercado, os abates de bovinos recuaram 2,7% em junho de 2012 no Brasil, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram abatidas 2,587 milhões de cabeças no mês passado contra 2,660 milhões de cabeças no mesmo período de 2011. De janeiro a junho, o avanço é de 1,4%. Foram abatidas 16,361 milhões de cabeças no Brasil contra 16,136 milhões do mesmo período de 2011.

A média semanal de preços (de 16 a 19/7) em São Paulo foi de R$ 91,60 a arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, preço em R$ 85,33. Em Minas Gerais, a arroba foi cotada em R$ 85,50, livre, a prazo. Em Goiás, a arroba ficou a R$ 83,25 livre, a prazo. Em Mato Grosso, preços em R$ 82,29, livre, a prazo. No atacado, a média semanal ficou em R$ 6,70 no traseiro e em R$ 4,80 no dianteiro.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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