Depois de anunciar as medidas para amenizar a crise na suinocultura, na semana passada, o governo federal voltou a se reunir com o setor ontem para avaliar as ações e discutir o estabelecimento de um preço de referência para a carne suína. O encontro de trabalho foi na Secretaria de Política Agrícola (SPA) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e conduzido pelo secretário Caio Rocha.
O governo federal autorizou Linha Especial de Crédito (LEC) para os suinocultores adquirirem leitões ao preço de R$ 3,60/kg. Estão disponíveis R$ 200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano. O financiamento pode ser acessado por produtores, agroindústrias, cooperativas e varejistas. Outra medida foi a prorrogação das dívidas de custeio para janeiro deá 2013. No caso do crédito para investimento, as parcelas foram adiadas por um ano após o vencimento da última mensalidade.
No Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, anunciado no final de junho, o governo já havia contemplado o setor com a linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes. O valor limite previsto de R$ 1,2 milhão por produtor. A possibilidade de ampliação desse montante para R$ 2 milhões, com o prazo de pagamento mantido em até dois anos e juros de 5,5% ao ano não está afastado, dependendo do mercado.
Também já está disponível LEC para compradores de suíno vivo a R$ 2 quilo. Foi anunciado, ainda, que o setor terá uma linha de crédito para financiamentos fora do sistema bancário, contraídos junto a cooperativas, cerealistas, fornecedoras de insumos e tradings. Os recursos poderão ser do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou de outras fontes a serem identificadas válidas para operações com vencimento ou vencidas em 2012.
Veículo: Diário do Comércio - MG