Em reunião em Pequim (China) na terça, dia 28, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Célio Porto, afirmou que sete frigoríficos (dois de suínos e cinco de aves) deverão ser liberados para fazer exportações àquele país. O encontro foi com representantes da Administração Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena (Aqsiq, em inglês).
A liberação dos frigoríficos depende apenas de uma carta da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério, comprovando que foram feitos os ajustes apontados pelas missões chinesas. A liberação deverá ocorrer dentro de 30 dias. Com isso, o Brasil passará a ter, autorizadas a exportar para a China, cinco plantas de suínos e 30 de aves. Em relação a bovinos, nove frigoríficos estão aguardando uma visita das autoridades chinesas para serem credenciados. O secretário disse que o Brasil já enviou os documentos exigidos há um ano e eles ficaram de dar uma posição em breve.
O protocolo de exportação de milho para a China também fez parte da pauta. O Brasil pretende se tornar um grande exportador deste cereal para o país asiático, assim como já acontece com a soja, e solicitou autorização para isso. Os chineses fizeram a análise de risco para identificar possíveis pragas que não existem lá e o Brasil precisará apresentar um certificado sanitário com as medidas de mitigação que serão realizadas antes do embarque. Conforme Porto, já foi apresentada uma contraproposta e dentro de 30 dias deveremos ter uma resposta positiva das autoridades chinesas.
Demanda asiática
A alta recorde dos grãos não deverá reduzir a demanda do sudeste asiático, onde a Indonésia, que é a maior economia da região, registra forte crescimento, e onde o aumento das exportações de carne de frango da Tailândia impulsiona o consumo, disseram autoridades da indústria de soja dos EUA.
A demanda do sudeste asiático, estável um uma época em que a oferta global tem sido esgotada pela seca devastadora nos Estados Unidos, o maior exportador mundial de grãos, deve estimular ainda mais a alta dos preços em Chicago, que já atingiu máximas recordes.
O sudeste asiático, onde carne de frango e carne suína são artigos básicos da alimentação, deve manter em larga medida as importações de soja e milho para engorda de animais, disse John Lindblom, diretor de Marketing, internacional, da Associação Americana da Soja para o sudeste asiático.
"Alguns países podem experimentar uma desaceleração, mas não significa que não vai haver um crescimento do consumo", disse ele à Reuters, em intervalo de reunião regional a respeito de grãos, em Phuket.
Veículo: DCI