Mas o mercado doméstico, de modo geral, registrou alta nos valores pagos pelos cortes na terceira semana de agosto.
O mercado de suínos, de modo geral, apresentou aumento de preços na semana passada, segundo levantamento realizado por Safras & Mercado. Não foi o que aconteceu em alguns estados do Centro-Sul do Brasil, caso de São Paulo e do Paraná. O mercado paranaense, que vinha apresentando consecutiva valorização desde a segunda quinzena de julho, viu os preços cederem nesta semana. Na região de Castro houve recuo de 16,1% com o quilo do suíno vivo cotado a R$ 2,60.
Já na região de Ponta Grossa os preços cederam de forma mais comedida, com recuo de 3,2%, com o quilo do suíno chegando a R$ 3,00. No oeste do Estado e na integração, no entanto, os preços seguiram nos mesmos patamares da semana passada, de R$ 2,70 e R$ 2,20, respectivamente.
O boletim da Safras & Mercado destaca que o Paraná foi novamente pressionado pelo excedente de oferta de animais. Ainda que os dados de abate tenham apresentando volumes decrescentes desde junho e que as exportações seguissem com desempenho favorável por conta da regulação entre oferta e demanda, é possível que o temor quanto aos custos dos insumos tenha levado suinocultores a vender animais com peso abaixo do padrão de mercado.
Em Mato Grosso, por outro lado, os preços apresentaram reajuste, com o quilo do suíno vivo sendo cotado a R$ 2,75 na região de Rondonópolis, alta de 12,5%, e a R$ 2,45 no mercado independente, incremento de 4,3%.
A consultoria informa, porém, que apesar dos preços terem melhorado nas últimas semanas a relação de troca entre o preço do milho, principal commodity utilizada na ração animal, e a receita obtida na venda da carne suína, ainda permanece comprometida.
Prejuízos - Os suinocultores amargaram grandes prejuízos com a situação desfavorável encontrada neste ano, assim, o setor ainda levará algum tempo para se recompor", diz o boletim.A expectativa para o curto prazo é de ausência de reajustes intensos no preço da carne suína, com o mercado no aguardo da virada do mês, período que usualmente apresenta um repique de demanda devido ao recebimento da massa salarial.
A demanda no mercado externo terá papel fundamental para trazer suporte aos preços internos. Na terceira semana de agosto, por exemplo, o país embarcou 9,2 mil toneladas de carne suína in natura, obtendo uma receita de US$ 23 milhões, a um preço médio diário de US$ 2.556,20 a tonelada. No acumulado do mês, a exportação soma 27,1 mil toneladas e receita de US$ 69,2 milhões.
Conforme o boletim, diante de um ritmo médio diário de embarques de carne suína de 2,1 mil toneladas em agosto, espera-se que o desempenho no final deste mês seja favorável, podendo apresentar ainda volume superior ao mês de julho.
No mercado atacadista, os elevados preços praticados para a carcaça suína, principalmente no mercado paulista, seguiram como limitantes ao maior ritmo das negociações.
A análise de preços de Safras & Mercado indicou que, em São Paulo, a arroba suína foi cotada a R$ 63,00, queda de R$ 3,00 por arroba ante a semana passada. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo foi mantido a R$ 2,20 na integração. No interior a cotação continuou em R$ 2,50. Em Santa Catarina o quilo vivo foi vendido a R$ 2,40 na integração, sem alterações ante a semana passada. No interior a cotação se manteve em R$ 2,70.
Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 2,10 na integração. Em Goiás o quilo continuou em R$ 3,55. Em Minas Gerais o quilo vivo seguiu em R$ 3,70 no interior. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve recuo de 0,63%, passando de R$ 2,78 para R$ 2,76.
Veículo: Diário do Comércio -MG