Cenário é positivo para a suinocultura

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A demanda crescente por parte dos frigoríficos tem contribuído para a retomada dos preços pagos pelo quilo do suíno no Estado. De acordo com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a alta se deve às comemorações de fim de ano, período em que o consumo é estimulado também pelo pagamento do 13º salário. A tendência doe mercado é a de preços firmes até a primeira semana de dezembro.

 

De acordo com o vice-presidente da Asemg, José Arnaldo Cardoso Pena, o quilo do animal vivo em Minas Gerais está cotado, em media, a R$ 3,60, valor que é suficiente para cobrir os custos de produção e gerar lucro para os produtores.

 

Em algumas regiões do Estado, onde existe a necessidade de pagamento de frete para o abastecimento de grão, a margem de lucro da atividade continua limitada. Enquanto os custos de produção nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tradicionais produtoras de soja e milho, variam entre R$ 2,80 e R$ 2,90 por quilo de suíno vivo, na Zona da Mata o custo gira em torno de R$ 3,30. Na região Central, os custos variam entre R$ 3,00 e R$ 3,10.

 

"A retomada dos preços foi fundamental para dar novo fôlego à atividade, que ao longo dos últimos quatro meses acumulou prejuízos consideráveis.  importante que os produtores aproveitem o momento e priorizem o pagamento das dívidas acumuladas em 2012", observa Cardoso Pena.

 

Entre junho e setembro os preços pagos pelo quilo do suíno vivo apresentaram forte baixa, enquanto os custos de produção foram alavancados pela oferta restrita de soja e milho, principais insumos utilizados na atividade.

 

Produção - O preço mínimo praticado no período chegou a R$ 2,10, enquanto os custos giravam em torno de R$ 2,90. Diante o prejuízo, produtores do Estado optaram por reduzir a produção, abater animais mais leves e, em casos extremos, fechar granjas.

 

Uma das conseqüências já está sendo sentida no mercado. No encerramento de 2012, a produção deverá cair pelo menos 5%, com volume de 400 mil toneladas produzidas em Minas Gerais. A redução da oferta em um período de forte demanda também é um dos fatores que vem contribuindo para a manutenção da alta dos preços.

 

A demanda proveniente dos frigoríficos está crescente e a tendência é que continue em alta até o início de dezembro. "Os contratos com entrega imediata estão em alta, isso mostra que o setor está investindo na formação de estoque para atender a demanda do setor supermercadista para as festas de fim de ano", avalia.

 

Outro ponto positivo é o aumento significativo das exportações, registrados ao longo dos últimos dois anos. As vendas para o exterior são consideradas fundamentais para controlar a oferta do produto no mercado interno e ampliar a qualidade da produção, já que as regras internacionais são mais exigentes.

 

Segundo Cardoso Pena, a expectativa é que somente em 2012 sejam exportadas cerca de 50 mil toneladas, o que representará incremento de até 40% nas vendas voltadas para o exterior ao longo dos últimos dois anos.

 


Debate - Com o objetivo de expandir ainda mais o mercado, representante da Asemg realizam hoje debate sobre o tema "Oportunidades do mercado de carnes, em especial suínos", que terá como palestrante convidado o especiaista Osler Desouzart. O palestrante foi membro da diretoria consultiva do World Agricultural Forum, recentemente estabeleceu sua própria companhia de consultoria e tem vasta experiência em marketing internacional de carnes.

 

Durante o evento serão discutidas as oportunidades de expansão no mercado mundial, as tendências de consumo e o potencial que o Brasil e Minas Gerais possuem na produção de carne de suíno. Também serão apresentadas informações sobre o consumo de carne na China e no Japão, mercados considerados como promissores para a suinocultura brasileira.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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