Aurora planeja iniciar o abate de aves em março

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Ao assumir unidade da Chapecó Alimentos, cooperativa aumenta a produção no segmento em 30%


Na busca por aumentar sua participação no mercado de aves, a Coopercentral Aurora Alimentos anunciou, nesta quarta-feira, os detalhes do arrendamento da unidade industrial de abate da Chapecó Alimentos em Xaxim. A empresa planeja começar o alojamento dos animais em janeiro, e o abate, em março.

A unidade deve começar abatendo 50 mil frangos por dia. Mas a Aurora quer chegar a 220 mil aves  abatidas por dia até a metade do ano. Quando estiver em pleno funcionamento, a unidade deve empregar 2,2 mil pessoas.

A Aurora arrendou a indústria de Xaxim por três anos. Fez parte das condições do negócio um período de carência de 90 dias, o aluguel mensal de R$ 425 mil e mais R$ 0,08 por frango que passar da cota de 5 milhões de cabeças por mês.

A Aurora anunciou que investirá R$ 50 milhões na unidade, incluindo gastos com reforma da estrutura e capital de giro. Está incluído neste valor a troca de duas linhas de produção, que será descontada no aluguel.

Segundo o síndico da Massa Falida da Chapecó Alimentos, Alexandre Brito de Araújo, depois dos três anos de arrendamento, a unidade deve ser vendida por R$ 180 milhões, com a Aurora tendo prioridade da compra.

Com a indústria de Xaxim, a Aurora vai aumentar em 30% o volume do abate de aves, que passará de 700 mil para mais de 900 mil aves por dia.

— Frango é a carne mais barata e mais fácil de vender. Hoje, 60% da nossa renda vêm dos suínos. Precisamos crescer em frango, que tem um mercado muito bom. Somos a segunda divisão na produção de frangos, mas queremos mostrar ao adversário que estamos aqui e vamos crescer — declarou o presidente da Aurora, Mário Lanznaster.


Associação setorial vê solução como positiva

Ainda no primeiro semestre deste ano, a Diplomata começou a atrasar a entrega de ração aos produtores e também o pagamento dos lotes. Alguns avicultores chegaram a ficar até quatro dias sem ter como alimentar os frangos.

Em agosto, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. Com dificuldades de conseguir crédito no mercado, no início deste mês, a Diplomata suspendeu o alojamento de frangos e deu férias coletiva aos funcionários.

O diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo Gouvêa, avaliou a saída para a unidade de Xaxim como positiva.

— A crise do milho pegou todo o setor no Estado e afetou muitas empresas, o que leva a uma concentração de frigoríficos. Por outro lado, à medida que a Aurora arrenda essa planta, dá continuidade ao trabalho para a região e permite que os trabalhadores continuem a produzir.



Veículo: Diário Catarinense


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