O mercado brasileiro de frango registrou demanda mais fraca na semana passada frente às anteriores e não conseguiu evitar queda nas cotações do produto vivo. De acordo com a analista de Safras & Mercado Andreia Mariani, a combinação de procura retraída e aumento na oferta, determinada pela decisão de algumas integrações de colocar lotes próprios à venda, somada à entrada de oferta proveniente das integrações, acabou influenciando negativamente os preços, que se mantinham no mercado paulista há muitos dias.
No que tange às exportações, dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicaram que o Brasil exportou 288,980 mil toneladas de carne de frango em janeiro, bem aquém das 328,063 mil toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado. A receita também recuou, atingindo US$ 590,561 milhões, ante US$ 634,067 milhões do primeiro mês de 2012. "A queda pode estar justificada ao fato da produção estar mais regulada à demanda interna, o que oportunizou um menor volume a ser direcionado à exportação", diz.
Uma boa notícia na semana foi a confirmação da habilitação de cinco novas plantas avícolas do Brasil aptas a vender à China, atingindo agora um total de 29. Conforme Mariani, as vendas tendem a crescer ainda mais a este mercado, que importou 227,445 mil toneladas de carne de frango do Brasil em 2012. Para o curto prazo, Mariani acredita que o mercado de frango pode continuar a ser pressionado, o que tende a influenciar novos recuos no preço.
A análise de Safras & Mercado indicou que em São Paulo o quilo vivo caiu dez centavos e foi cotado a R$ 2,80. Em Minas Gerais o quilo vivo cedeu quinze centavos e foi cotado a R$ 2,80.
O preço do frango vivo na integração catarinense seguiu em R$ 2,90, permanecendo em R$ 2,95 na integração do Rio Grande do Sul. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,90 na integração (oeste do Estado), mesmo valor ante a semana passada. No Mato Grosso do Sul o preço seguiu em R$ 2,85 o quilo vivo. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 2,90, valor estável ante a semana passada. Em Goiás o quilo permaneceu em R$ 2,90. Em Pernambuco o quilo vivo permaneceu em R$ 3,35. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 3,30, enquanto no Pará o quilo vivo seguiu em R$ 3,50.
Veículo: Diário do Comércio - MG