As condições econômicas estão melhorando para a avicultura mundial neste início de ano, mas o momento ainda é desafiador.
O preço do milho recuou, diminuindo os custos de produção e permitindo uma possível elevação de margem, mas os estoques de grãos ainda não foram totalmente recompostos.
O preço da carne de frango deverá aumentar, já que é uma opção melhor para o consumidor em vista do aumento das carnes suína e bovina.
A avaliação é do Rabobank, que vê, ainda, alguns riscos na atividade. O banco, que teve suas origens voltadas para o cooperativismo europeu, tem presença hoje nos principais países e mantém o foco no setor agropecuário.
O sucesso dos produtores dependerá de uma disciplina na oferta, um cenário já desenvolvido pelo Brasil, onde os cortes na produção têm resultado em melhores margens, segundo o banco.
Pesquisa realizada pela Folha indica que o quilo de ave viva, após ter iniciado o segundo semestre em R$ 1,90, fechou ano a R$ 3 em São Paulo. Essa alta se deve a uma adequação da produção aos custos e à demanda do setor.
Em algumas regiões mundiais, no entanto, esse equilíbrio de oferta tem sido inadequado.
Os analistas do Rabobank citam a África do Sul e a Índia, países que terão de adequar a produção nos próximos meses.
As indústrias ainda estão expostas ao excesso de oferta nesses países, o que pode comprometer as margens de lucratividade.
Em São Paulo, o quilo de ave viva estava em R$ 2,80 ontem nas granjas, 56% mais do que há um ano.
Veículo: Folha de S.Paulo