A avicultura enfrenta um mês de grandes dificuldades. Os preços permanecem em queda e os sinais de oferta excedente são cada vez mais evidentes no mercado interno, de acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, este cenário se deve ao maior alojamento de pintos de corte no primeiro bimestre. "Por outro lado, os custos de produção são menos expressivos neste momento, considerando que a oferta de grãos é mais abundante se comparada ao segundo semestre do ano passado", diz Iglesias, acrescentando que as exportações de carne de frango continuam deixando a desejar, muito abaixo das expectativas.
Em São Paulo, o quilo do frango vivo recuou de R$ 2,30 para R$ 2,20 na última semana. No mercado integrado do Rio Grande do Sul, a cotação baixou de R$ 2,25 para R$ 2,21. Na integração de Santa Catarina, o preço caiu de R$ 2,28 para R$ 2,25.
O Oeste do Paraná também registrou retração, dee R$ 2,35 para R$ 2,30. A cotação recuou de R$ 2,25 para R$ 2,15 em Campo Grande (MS), de R$ 2,30 para R$ 2,20 em Goiânia (GO) e de R$ 2,35 para R$ 2,25 em Pará de Minas, na região Central de Minas Gerais. A cotação também baixou em Brasília, de R$ 2,30 para R$ 2,20. Em Fortaleza (CE), o quilo ficou estabilizado em R$ 2,80. Tmabém não houve alterações de preços em Recife (PE) - R$ 2,70 - e em Belém (PA) - R$ 2,80.
Os custos de produção de frangos de corte calculados pela Embrapa Suínos e Aves de Concórdia (SC), unidade descentralizada da empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) caíram 4,91% em março. O ICPFrango/Embrapa chegou aos 149,58 pontos, menor valor desde junho do ano passado.
No ano, o custo de produção de frangos de corte acumula queda de 16,21%, influenciado principalmente pela baixa nos gastos com a ração das aves (-17,53% em 2013). A nutrição representa, em média, 70% dos custos de produção.
Veículo: Diário do Comércio - MG