O frango vivo segue tendência de desvalorização em 2013. Desde janeiro, o preço acumula quase 40% de perdas, em uma queda livre comparável apenas à de 2006.
O pior tombo ocorreu em abril. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda chegou a ser de 27%. Em maio, houve um leve suspiro. Em São Paulo, o maior produtor de frango vivo do País, a média, entre 9 e 16 deste mês, apresentou alta de 2%. O quilo da carne na média do atacado estadual passou para R$ 3,04, enquanto o quilo do frango inteiro resfriado permaneceu a R$ 2,84. Mas o viés positivo não se manteve.
Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), acredita que a produção de frango vivo esteja com "os dias contados" no País. "Nos outros estados, isso já não é mais expressivo. Cada vez teremos menos", disse Turra.
A desvalorização de 2013 é a maior registrada para o frango vivo. No acumulado de janeiro a abril, a queda foi de 38,3%. Os avicultores precisariam de 62% mais aves para conseguir recuperar o preço de janeiro. Essa desvalorização brusca no ano só se assemelha à de 2006, quando sofremos com a gripe aviária (H5N1). Analistas acreditam, porém, que o rombo em 2013 possa ser ainda maior, já que a retração no consumo, como costuma ocorrer nessa época, pode desvalorizar o produto ainda mais.
Essa queda livre, contudo, não chega a preocupar significativamente o setor. De acordo com a Ubabef, o frango vivo corresponde a apenas 3% do total da avicultura no país e se concentra no estado de São Paulo.
Por outro lado, Turra afirmou que a avicultura vem de um crescimento forte - acima da média do PIB nacional até o ano de 2010, mas caiu muito este ano.
Veículo: DCI