A menor disponibilidade de boi gordo no mercado interno em junho desencadeou o aumento dos preços. A oferta de safra está cada vez mais próxima do fim. Essa restrição deve proporcionar nova alta em todo o Centro-Oeste e também em São Paulo durante esta semana.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, outro fator que deve estimular a alta dos preços é a proximidade do período de virada de mês. Os frigoríficos atuam de maneira mais ativa na semana que antecede o recebimento dos salários, a fim de compor os estoques de forma adequada para atender à demanda sazonal.
Já há indícios de oferta de confinados no Centro-Oeste do Brasil, sobretudo nos estados de Goiás e do Mato Grosso do Sul. No entanto, o volume ainda é pouco representativo. Essa oferta é proveniente de pecuaristas que optaram pelo confinamento de três giros, ao invés do tradicional de apenas dois giros.
As indústrias estão retornando às compras de bovinos prontos para abate, recompondo as escalas. Este cenário está sendo retocado pela recuperação da moeda norte-americana, que está apresentando valorização interessante para as indústrias exportadoras. O mercado interno, em razão da redução dos abates que perdurou por algum tempo, está com estoque em baixa, e o consumidor volta lentamente às compras.
A média dos preços em junho foi de R$ 98,59 a arroba em São Paulo. Em Mato Grosso do Sul, ficou em R$ 93,81 e Minas Gerais fechou em R$ 92,52, livre, a prazo. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 90,32 e em Mato Grosso, a R$ 88,10.
O mercado atacadista de carne bovina com osso está operando com preços equilibrados, com discreto aumento do dianteiro. A oferta atende à demanda. Não há excesso de carne e os preços são firmes, porém, estáveis em razão do mercado equilibrado - não há sobra.
No atacado, a média de junho ficou em R$ 7,84 nos cortes de traseiro e de R$ 4,53 nos cortes de dianteiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG