Considerado uma das carnes mais nobres no mercado, o cordeiro ainda tem um nicho restrito de consumidores – mesmo com aumento da procura. As limitações não estão apenas no preço, mas na oferta de animais – sazonal ao longo do ano.
– Para criarmos a cultura do consumo temos que oferecer o produto em grande escala nos restaurantes e nos supermercados nos 12 meses do ano – salienta Sérgio Muñoz, presidente da Herval Premium, programa de certificação da carne de cordeiro produzida em municípios da região da Campanha.
Conforme Muñoz, o período de menor oferta costuma ser o outono, pois os abates se concentram no fim do ano – quando a carne é absorvida com maior facilidade pelo mercado. Hoje, o programa envolve o abate mensal de 300 cordeiros.
– Nosso rebanho vem diminuindo por vários fatores, que vão da crise da lã ao abigeato – avalia Muñoz.
Criado há 14 anos, em parceria com o Frigorífico Coqueiro, de São Lourenço do Sul, o Herval Premium envolve toda a cadeia produtiva – do criador até a venda no varejo. No campo, os animais são avaliados conforme grau de gordura, peso de 12 a 19 quilos e quantidade de dentes de leite.
Veículo: Zero Hora - RS