O boi gordo segue pouco ofertado no mercado interno. Por conta disso, os preços permaneceram em alta durante a última semana. Os frigoríficos que se preparavam para o período de virada de mês se viram obrigados a elevar o preço de compra. Mesmo assim, as escalas de abate permaneceram curtas e abaixo da capacidade normal.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a perspectiva é de continuidade do movimento de alta no decorrer desta semana. A necessidade de reposição no varejo é grande em um momento em que os frigoríficos não dispõem de estoques adequados para atender a demanda interna durante a primeira quinzena do mês.
A tendência é que a restrição de oferta se estenda por todo o mês de julho. Considerando que praticamente não haverá mais a oferta de boi de pastagem disponível no mercado. Além disso, a pequena oferta de confinados disponibilizada durante o mês não será suficiente para atender a demanda.
Nos anos anteriores, o período era de oferta mais abundante de bovinos gordos, pois, a época era de escassez de chuva e com isso os pecuaristas aumentavam as vendas temendo a perda de peso dos animais. Neste ano, o período de chuva está se alongando, razão pela qual os pecuaristas estão retendo os animais. Por isso, houve valorização do valor desembolsado pela arroba do bovino gordo para abate.
A média semanal de preços (de 1º a 4 deste mês), em São Paulo, foi de R$ 100,50. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 95,94. Em Minas Gerais, a arroba fechou em R$ 93,66 livre. Em Goiás, a arroba foi cotada em R$ 93,00. Já em Mato Grosso, preços a R$ 88,85 por arroba.
Veículo: Diário do Comércio - MG