Friboi: CNA condena prática monopolista

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A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante reunião com a diretoria da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), manifestou sua preocupação com a agressiva campanha de marketing que a JBS Friboi colocou nos meios de comunicação por entender que a referida campanha "representa uma ameaça ao equilíbrio do mercado de carne bovina no Brasil ao divulgar que sua marca é a única com atributos de qualidade".

"A pretensão do JBS, utilizando-se de recursos públicos e financiamentos com juros de pai para filho, que as demais empresas não têm, é destruir a concorrência e formar seu sonhado monopólio", afirmou Kátia Abreu.

O presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, agradeceu o apoio da CNA em relação ao assunto e informou que a associação estuda medidas legais cabíveis contra esse tipo de publicidade antiética e enganosa.

A Abrafrigo já entrou com uma representação junto ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pedindo medidas urgentes. "Queremos a suspensão desta campanha publicitária por ser danosa à cadeia econômica da carne", disse Salazar.

A reunião ocorreu na terça-feira passada, ocasião em que a presidente da CNA destacou temas como o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, o interesse da entidade num acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, além da realização de um seminário internacional, em setembro, na cidade de Pequim, na China, de promoção de produtos brasileiros, especialmente a carne bovina.

Proposta - Durante o encontro, a presidente da CNA entregou a Abrafrigo proposta para que a entidade participe de uma campanha de marketing cujo objetivo é divulgar o agronegócio.

De acordo com a dirigente ruralista, Pelé e Murilo Benício, contratados da instituição, poderão realizar publicidade da carne brasileira, destacando que o produto vendido nos supermercados é inspecionado e de boa qualidade para o consumo, independentemente da marca ou do rótulo que a mesma contenha.

"A marca que vale é a do sistema de inspeção federal, estadual ou municipal", destacou Kátia Abreu.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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