Nem com o governo do Estado acenando com a possibilidade dele (isto é, todos nós) pagar os custos da adoção da rastreabilidade no rebanho bovino do Rio Grande do Sul, os que são contrários ao sistema proposto mudaram de ideia. Amanhã, sexta-feira, em Alegrete, haverá uma reunião, às 9h, no Parque de Exposições Lauro Dornelles, dos dirigentes dos sindicatos rurais e de produtores da Metade Sul do Estado – onde se concentra mais de 50% da bovinocultura – para discutir o Decreto 50072-2013, que regulamenta a Lei 13.467-2010, sobre rastreabilidade bovina. Pedro Píffero, coordenador do movimento, diz que o projeto de rastreabilidade ou identificação bovina do governo estadual é mais um exemplo do descaso do Palácio Piratini com a classe. “Mesmo o produtor externando sua insatisfação e indicando que existem outras formas mais eficientes e exequíveis para se alcançar os objetivos propostos, o governo desconsidera a história dos gaúchos, que sempre foram os pioneiros na implantação da maioria das tecnologias utilizadas para aumento de produtividade em todo o Brasil,” explica. Os criadores de gado dizem que a identificação virá acompanhada de custos, burocracia, penalizações e multas, “e o que agora é anunciado como ‘gratuito’ sairá bem caro, e, como sempre, a conta será paga pelo produtor”.
Veículo: Jornal do Comércio - RS