Demanda em alta assegura alta nos preços do frango

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Mercado interno brasileiro voltou a apresentar cotações mais fortes.

O mercado brasileiro de frango voltou a apresentar preços mais altos no mercado interno nos primeiros dias de agosto. Para o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, a demanda esteve muito aquecida durante a semana passada, o que favoreceu o movimento de alta.

"A perspectiva é que, ao menos no curto prazo, haja continuidade desse movimento. As exportações seguem ajudando na regulação do mercado interno, mantendo o ajuste entre oferta e demanda e facilitando possíveis movimentos de alta" diz.

"Além disso, vale ressaltar que os custos de produção são muito menores durante o ano, se comparado ao mesmo período de 2012, quando os preços das commodities agrícolas explodiram por conta da quebra de safra norte-americana", completou.

Em São Paulo, o preço do frango vivo pulou de R$ 2,20 o quilo para R$ 2,35 ao longo da semana. No mercado integrado gaúcho, a cotação passou de R$ 2,05 para R$ 2,25. Em Santa Catarina, o quilo avançou de R$ 2,10 para R$ 2,25. No Oeste do Paraná, a cotação subiu de R$ 2,00 para R$ 2,20.

Em Campo Grande (MS), o quilo passou de R$ 2,25 para R$ 2,40. As cotações também subiram em Goiânia (GO), de R$ 2,30 para R$ 2,45. Em Minas Gerais, o preço avançou de R$ 2,35 para R$ 2,50. Em Fortaleza (CE), o frango vivo subiu de R$ 2,10 para R$ 2,30, enquanto em Recife (PE), evoluiu de R$ 2,20 para R$ 2,30.


Alojamento - Os dados de alojamento de pintos de corte referente aos cinco primeiros meses do ano apontam para a reestruturação lenta e gradual da oferta de carne de frango no mercado interno. A aposta do setor está na redução dos custos de produção durante este semestre.

Vale ressaltar que durante o segundo semestre do ano passado houve um quadro severo de restrição de oferta dos principais insumos utilizados na ração animal. O resultado prático dessa restrição foi a alta das principais commodities agrícolas. Esse quadro adverso incorreu em prejuízos para a avicultura, que se viu obrigada a reduzir de maneira significativa a produção via corte de alojamento para estancar as perdas.

Durante o primeiro semestre deste ano a prioridade das granjas foi o atendimento ao mercado interno, muito aquecido em virtude da escassez de pintos de corte e de matrizes. Por esta condição houve queda vertiginosa das exportações de ovo fértil ao longo do ano, superior a 40%. O setor ainda está sendo afetado por custos acentuados e o principal objetivo ainda é a recuperação da rentabilidade.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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