Sadia poderá buscar capital após divulgação de resultado

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O presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, declarou que a empresa poderá buscar recapitalização, mas só após a divulgação dos resultados da empresa. O empresário fez seu circuito tradicional no Fórum Mundial de Economia, em Davos, que frequenta há mais de 20 anos. 

 

Furlan se encontrou com executivos de grandes multinacionais e banqueiros, além de clientes e fornecedores árabes da empresa. O ex-ministro reiterou que durante o fórum não ficou procurando um sócio para recapitalizar a Sadia. "Se tivesse vindo para isso, teria trazido uma equipe comigo." 

 

Ele deixou claro que a recapitalização está sendo estruturada, mas sem pressa demais. Segundo Furlan, durante o período mais sensível da crise dos derivativos, a empresa repôs o caixa com um financiamento de R$ 1 bilhão, com prazo de um ano. A recapitalização é para a empresa poder quitar os empréstimos em setembro e com isso melhorar seu perfil de endividamento. 

 

A ideia é vender ativos que estão disponíveis e "eventualmente" ter entrada de capital novo pelos sócios atuais ou por novos sócios. Mas isso depende também de uma circunstância de mercado, "que neste momento não é muito favorável." A empresa vai esperar para primeiro reportar os resultados do primeiro trimestre, "quando ficará mais claro que os negócios estão voltando à normalidade." 

 

Furlan foi pego de surpresa em Davos com o rumor em São Paulo de uma eventual fusão com a Perdigão. Ele apenas comentou que os rumores em geral "não incomodaram até agora porque a Sadia" está com todos seus compromissos em dia e vendas normais. No rumor de suposta compra pela Nestlé, Furlan nem fez comentários. 

 

O faturamento bruto da Sadia cresceu mais de 20% no ano passado, ficando em torno de R$ 12 bilhões, afirmou Furlan. Sexto maior exportador do país, as vendas externas da Sadia alcançaram US$ 3 bilhões e a expectativa é de que aumentem, sobretudo, no segundo semestre. Furlan contou ainda que uma pesquisa mostra que o problema financeiro da empresa por causa de derivativos "teve impacto zero" entre clientes e consumidores no Brasil e no exterior. 

 

Veículo: Valor Econômico


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