A Capitania dos Portos do Ceará "tem sido parceira" na fiscalização à pesca predatória da lagosta no litoral cearense. No entanto, de acordo com Rolfran Ribeiro, chefe de Fiscalização do Ibama, falta um plano sistematizado e uma constância nas operações. "Para combater os piratas precisamos agir com inteligência e não podemos ficar na dependência da passagem, por acaso, de navios da Marinha por Fortaleza. Ela tem de ter um plano específico voltado para essa cooperação", observa.
Segundo Rolfran Ribeiro, para fiscalizar 573 km da costa cearense, o Ibama conta apenas com um barco próprio - o Náqua - e duas embarcações pequenas "emprestadas" pela prefeitura de Beberibe e comunidade de pescadores de Redonda (Icapuí). "É insuficiente para um litoral tão extenso. Precisaríamos de três barcos específicos de médio ou grande porte".
O Náqua, com 14 metros de extensão, é considerado de médio porte. Tem uma autonomia de viagem de 10 a 15 dias e comporta uma tripulação de 10 pessoas. Já os barco de Beberibe e Redonda não passam mais do que três dias no mar. "Não posso fazer comparações com a frota da Capitania dos Portos, mas o que o Ibama possui somente para a fiscalização da pesca predatória é inadequado para a costa cearense", explica Rolfran. Para os mesmos 573 km de litoral no Ceará, a Marinha tem à disposição quatro lanchas e um barco de aviso patrulha para todas as suas atividades, incluindo a fiscalização da pesca irregular da lagosta.
Veículo: O Povo - CE