O abate de bovinos no terceiro trimestre de 2014 atingiu 8,457 milhões de cabeças sob inspeção sanitária, uma redução de 4,5% em relação a igual trimestre de 2013. O resultado, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), interrompeu uma seqüência de 11 aumentos consecutivos na comparação anual de trimestres iguais. Em relação ao segundo trimestre deste ano, também houve queda de abates, de 1,0%. O peso acumulado de carcaças no terceiro trimestre (2,037 milhões de toneladas) foi 1,3% maior ante o trimestre imediatamente anterior, mas 4,1% menor do que o registrado no terceiro trimestre de 2013.
Na comparação do terceiro trimestre deste ano com igual período do ano anterior, o abate de 402.579 cabeças de bovinos a menos foi puxado pelas regiões de Mato Grosso (-217.187 cabeças), Rondônia (-114.723), Mato Grosso do Sul (-102.922) e Goiás (-86.349). Entretanto, parte da diminuição foi compensada por aumentos em outros estados, como Paraná (+30.392), Minas Gerais (+28.727) e São Paulo (+16.315). No ranking nacional do abate de bovinos, Mato Grosso continua na liderança, apesar da queda nos abates. Já São Paulo assume a segunda posição com as reduções em Mato Grosso do Sul e Goiás.
Suínos - De acordo com o IBGE, o Brasil abateu 9,641 milhões de suínos no terceiro trimestre do ano, uma alta de 3,0% em relação a igual período de 2013. Foi o melhor resultado para um terceiro trimestre em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997, estabelecendo um recorde para o período. Já na comparação com o segundo trimestre de 2014, o aumento nos abates foi de 5,1%.
O peso acumulado das carcaças no terceiro trimestre alcançou 833,369 mil toneladas, um aumento de 4,2% em relação ao segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2013, o avanço foi de 2,8%.
O Sul respondeu por 66,0% do abate nacional de suínos no terceiro trimestre, seguido pelas regiões Sudeste (18,7%), Centro-Oeste (14,2%), Nordeste (1,0%) e Norte (0,1%).
Na comparação anual, a região Sul ganhou participação diante do aumento de 3,2% no número de cabeças abatidas, puxado principalmente pela alta de 8,0% no volume de cabeças abatidas em Santa Catarina. A região Sudeste também elevou sua participação, com a escalada positiva de São Paulo (9,7%).
Já a região Centro-Oeste registrou queda de participação, apesar de o número de cabeças abatidas ter avançado por lá, com destaque para Mato Grosso do Sul (12,6%).
Frangos - O Brasil abateu 1,419 bilhão de frangos no terceiro trimestre de 2014, uma alta de 2,7% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Conforme o IBGE, o resultado interrompeu uma seqüência negativa de três trimestres e estabeleceu um novo recorde desde que a pesquisa foi criada. Em relação ao segundo trimestre deste ano, o abate de frangos cresceu 6,7%.
O peso acumulado das carcaças foi de 3,249 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano. O resultado foi 5,7% maior do que em igual período de 2013 e 6,7% superior ao segundo trimestre.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2013, a região Sul elevou sua participação de 59,8% para 61,4%, diante de um aumento de 5,4% no volume de cabeças abatidas. Os três estados da região tiveram desempenho positivo, com destaque para o Rio Grande do Sul (10,1%).
Já o Sudeste teve sua participação reduzida de 19,9% para 19,1% e menor volume de frangos abatidos. Só Minas Gerais abateu 7,2% a menos do que no terceiro trimestre de 2013, informou o IBGE.
No Centro-Oeste, os Estados de Goiás e Mato Grosso e o Distrito Federal registraram quedas no número de cabeças de frango abatidas. Com isso, a região teve sua participação reduzida de 15,4% para 14,4%. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG